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Trump considera lamentáveis buscas do FBI ao escritório do seu advogado

"É uma situação lamentável" e "uma caça às bruxas". Foi assim que o presidente norte-americano reagiu às buscas ao escritório do seu advogado Michael Cohen.

Reuters
10 de Abril de 2018 às 00:11
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Um grupo de agentes federais realizou esta segunda-feira buscas ao escritório de Michael D. Cohen, há muito advogado pessoal de Donald Trump.

 

Segundo o The New York Times, o FBI passou a pente fino o escritório de Cohen, confiscando registos relacionados com vários assuntos, incluindo pagamentos a uma actriz de filmes pornográficos.

 

Recentemente, recorda o NYT, o advogado disse ter pago 130.000 dólares a uma actriz porno, Stephanie Clifford [com o nome artístico de Stormy Daniels], que afirmava ter tido um caso com Donald Trump.

Já o The Washington Post refere, citando uma fonte próxima do caso, que Cohen está a ser investigado por crimes possivelmente ligados a fraude bancária e violação das regras de financiamento das campanhas eleitorais.

Trump já reagiu e considera que se trata de "uma situação lamentável" e "uma caça às bruxas".  

 

Cohen tem também aconselhado Trump no que diz respeito à investigação sobre a possível interferência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 com a conivência do agora presidente.

 

O advogado de Cohen, Stephen M. Ryan, comentou à Reuters que os procuradores norte-americanos levaram a cabo esta busca também no âmbito do caso Trump-Rússia, por indicação do Gabinete do Procurador Especial dos EUA, Robert Mueller.

 

Mueller, recorde-se, está a investigar as potenciais ligações entre os russos e a campanha presidencial de Donald Trump. E o presidente tem continuamente negado qualquer concertação com os russos, considerando esta investigação uma "caça às bruxas" - expressão que hoje voltou a usar.

 

O Procurador Especial dos EUA tem investigado e questionado próximos do presidente norte-americano relativamente à questão da Rússia e também ouviu responsáveis – antigos e actuais – do governo quanto à decisão de Trump de demitir o ex-director do FBI, James B. Comey.


Mueller começou por investigar o ex-assessor de segurança nacional de Trump, Michael Flynn, que se demitiu a 13 de Fevereiro do ano passado, menos de um mês depois da tomada de posse de Trump (a 20 de Janeiro).

 

A polémica em torno de Flynn surgiu quando o The Washington Post noticiou que o conselheiro de Trump tinha falado – durante contactos telefónicos com representantes russos, nomeadamente o embaixador russo junto das Nações Unidas, Sergey Kislyak – sobre as sanções impostas pelos EUA à Rússia na sequência da anexação unilateral da Crimeia pela Rússia em 2014.

 

Flynn começou por negar esses factos, sendo depois acusado de mentir quando admitiu que o tema das sanções poderia ter surgido durante os telefonemas – alguns dos quais feitos ainda durante a campanha de Trump para as eleições.

 

Por esse facto, Flynn pediu desculpas a Mike Pence [que o tinha defendido em várias ocasiões a respeito desta polémica], reconhecendo que tinha fornecido "informação incompleta" sobre essas conversas ao vice-presidente dos EUA. O tenente-general achou então, por bem, apresentar a sua demissão.

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