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Ex-advogado de Trump condenado a três anos de prisão

Michael Cohen, antigo advogado de Trump, foi condenado a três anos de prisão pelos pagamentos feitos a duas mulheres, antes das eleições de 2016, e pelos crimes de fraude bancária e evasão fiscal.

Reuters
13 de Dezembro de 2018 às 07:57
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O ex-advogado pessoal do presidente Donald Trump, Michael Cohen, foi condenado a três anos de prisão por crimes que incluem a orquestração de pagamentos a mulheres que violam as leis de campanha, antes das eleições presidenciais de 2016. Cohen prometeu continuar a colaborar com o governo norte-americano contra o seu ex-chefe.

 

A sentença do antigo advogado, que em tempos disse estar disposto a "levar com um bala por Trump", foi proferida por um juiz em Nova Iorque esta quarta-feira, 12 de Dezembro.

 

Cohen havia dito numa declaração de culpa em Agosto que foi instruído por Trump a fazer um pagamento à actriz de filmes pornográficos Stephannie Clifford (conhecida como Stormy Daniels) e à playmate Karen McDougal, para silenciar as mulheres que afirmavam ter tido casos com Donald Trump. Os procuradores em Nova Iorque confirmaram na semana passada que acreditavam que o presidente ordenou os pagamentos para proteger a sua campanha.

 

Trump negou os casos e argumenta que os pagamentos às duas mulheres não eram contribuições de campanha. "Se fossem, é apenas civil, e mesmo que seja apenas civil, não houve violação com base no que fizemos", disse Trump numa entrevista na terça-feira.

 

"Do ponto de vista do presidente, era para proteger a sua família", disse à Reuters o advogado de Trump, Rudy Giuliani.

 

No tribunal de Manhattan, Cohen disse ao juiz distrital norte-americano William Pauley que a "lealdade cega" o levou a encobrir Trump, acrescentando que está agora disposto a fornecer "o máximo de informações" que possui sobre o presidente.

 

"Estou comprometido em provar a minha integridade e a garantir que a história não se lembre de mim como o vilão da sua estória", disse Cohen, citado pela Reuters. "Sinto muito e prometo que serei melhor".

 

Pauley condenou Cohen a três anos pelos pagamentos e por crimes de evasão fiscal e fraude bancária.

 

Embora a sentença tenha representado uma redução face aos quatro a cinco anos recomendados pelas directrizes federais, Pauley descreveu os crimes de Cohen como uma "miscelânea de conduta fraudulenta" marcada pelo logro e "motivada pela ganância pessoal".

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