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Tecnoforma dá conferência de imprensa na sexta-feira

A Tecnoforma dá na sexta-feira uma conferência de imprensa, "através de representante legal", para "prestar esclarecimentos" em "hora e local a designar" sobre as notícias recentes acerca da ligação do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, à empresa.

25 de Setembro de 2014 às 20:24
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"A administração da empresa Tecnoforma -- Formação e Consultoria S.A., vem pelo presente comunicado informar que na sequência das notícias avançadas nos últimos dias intituladas "Caso Tecnoforma" e nos mais diversos meios de comunicação social, irá durante o dia de amanhã [sexta-feira] e através de representante legal da CCAA, Advogados Associados, prestar os seus esclarecimentos em hora e local a designar", informou a administração da empresa, em comunicado.

 

Na origem do caso está uma notícia da revista Sábado, de 18 de Setembro, de que dera entrada na Procuradoria-Geral da República uma denúncia anónima segundo a qual Pedro Passos Coelho foi remunerado mensalmente pelo grupo Tecnoforma, num valor global que ascenderia a 150 mil euros, quando era deputado em regime de exclusividade, na VII Legislatura.

 

Um dia depois, o primeiro-ministro considerou que devia ser o parlamento a esclarecer as condições do seu exercício de funções como deputado.

 

Na segunda-feira, 22 de Setembro, em resposta a uma pergunta da agência Lusa, a secretaria-geral da Assembleia da República informou que "não existe qualquer declaração de exclusividade entre Novembro de 1995 e 1999" em nome de Pedro Passos Coelho.

 

No dia seguinte, o jornal Público noticiou que Passos Coelho, após sair do parlamento, requereu e recebeu um subsídio de reintegração na vida activa por ter exercido as funções de deputado em exclusividade na VI e na VII legislaturas, entre 1991 e 1999.

 

Novamente questionada pela agência Lusa, a secretaria-geral da Assembleia da República confirmou a atribuição desse subsídio e referiu que essa decisão ter-se-á baseado "na situação factual relativa aos dados sobre os rendimentos do período em causa" - ou seja, por se ter comprovado que Passos Coelho não teve outras remunerações nesse período.

 

Nesse mesmo dia, o primeiro-ministro anunciou que iria pedir à Procuradoria-Geral da República que esclarecesse se tinha cometido ou não algum ilícito relativo às suas "obrigações legais ou fiscais" enquanto foi deputado, e prometeu tirar "todas as consequências".

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