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Sondagem: quem esteve melhor e pior em Pedrógão Grande e Tancos?

A Aximage perguntou aos portugueses quem deve ser responsabilizado pelo roubo de armas em Tancos e quem teve o pior comportamento operacional e político na reacção à tragédia de Pedrógão Grande.

15 de Julho de 2017 às 16:30
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Os inquiridos não são duros com a actuação Governo. Em relação a Tancos, acham que a culpa está essencialmente junto dos militares, enquanto na reacção ao incêndio de Pedrógão dão nota positiva ao primeiro-ministro e vêem com maus olhos o comportamento da oposição.

 

No primeiro caso, a pergunta é directa: quem tem maiores responsabilidades pelo roubo das armas? A resposta dos inquiridos também é clara. 60,5% diz que os comandantes e os militares de Tancos são os principais responsáveis, colocando em segundo lugar o Chefe de Estado Maior do Exército (16,9%). Em terceiro lugar surge um representante do Governo – o ministro da Defesa – com 13,6%. Além disso, 3,4% dizem que todos têm "responsabilidade por igual".

 

Quanto ao incêndio de Pedrógão Grande, a Aximage não procurou saber quem eram vistos como os responsáveis pela tragédia, mas sim que avaliação era feita da actuação dos protagonistas operacionais e políticos, tanto no Governo como na oposição, em relação ao tema dos fogos florestais.

 

Sobre quem esteve no terreno, a esmagadora maioria dos inquiridos (88,8%) considera que os bombeiros actuaram bem. Em relação à GNR, as opiniões também são positivas: 42,9% validam o seu desempenho, enquanto 19,8% acha que estiveram mal. Totalmente diferente é a opinião sobre a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Mais de 44% considera que a actuação foi má e apenas 20% a classifica como positiva.

 

Em relação aos responsáveis políticos, Marcelo Rebelo de Sousa destaca-se claramente. Perto de 77% diz que esteve bem. E nenhum dos membros do Governo merece mais opiniões negativas do que positivas. 37% dos inquiridos responde que o primeiro-ministro esteve bem, outros 37% que esteve "assim-assim" e 22,6% que esteve mal. A ministra das Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, tem mais avaliações negativas do que António Costa (29,9%), mas também tem mais positivas (38,1%).

 

A Aximage quis também saber como é que os portugueses avaliam o comportamento dos líderes da oposição, tendo encontrado, neste caso, respostas mais negativas. À pergunta "sobre o assunto dos fogos florestais, como tem actuado o líder do PSD?", 60,2% dos inquiridos responderam "mal" e apenas 12% disseram "bem". A pontuação de Assunção Cristas também é negativa: 44,7% responderam que a líder do CDS esteve mal, 21,2% que esteve bem.

Recorde-se que Pedro Passos Coelho foi criticado pelas suas declarações sobre falta de acompanhamento psicolológico às vítimas do incêndio, que teria levado algumas pessoas a colocar "termo à vida". 

 

Numa avaliação de 0 a 20, os bombeiros e o Presidente da República têm, de longe, as pontuações mais elevadas, com 18,5 e 17,1, respectivamente. António Costa surge bastante abaixo, mas ainda com nota positiva (11,4). Menos de 10 tem a Autoridade Nacional de Protecção Civil (7,6), Assunção Cristas (7,6) e Pedro Passos Coelho (5,2).

Esta sondagem foi efectuada entre 6 e 11 de Julho. Os incêndios em Pedrógão eclodiram a 17 de Junho e o assalto a Tancos foi conhecido no dia 29 do mesmo mês.




FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.


Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 604 entrevistas efectivas: 279 a homens e 325 a mulheres; 61 no Interior Norte Centro, 81 no Litoral Norte, 97 na Área Metropolitana do Porto,119 no Litoral Centro, 165 na Área Metropolitana de Lisboa e 81 no Sul e Ilhas; 110 em aldeias, 160 em vilas e 334 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral. 

 

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 6 a 11 de Julho de 2017, com uma taxa de resposta de 73,8%.

 

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 604 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" – a 95 % -de 4,00 %).

 

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

 

 
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