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Só dois deputados separam o PS da maioria absoluta

Se as legislativas fossem hoje, o PS seria o vencedor mas sem maioria absoluta. António Costa pode conseguir a maioria só com o apoio de um partido e o PAN, que elege seis deputados, pode chegar.

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13 de Setembro de 2019 às 08:00
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Se as eleições legislativas fossem hoje, o PS seria o partido vencedor, mas falhava a maioria absoluta por apenas dois deputados.

Segundo uma sondagem da Intercampus para o Negócios e o Correio da Manhã, realizada na primeira semana de setembro, o PS tem 37,9% dos votos e elege 114 dos deputados. Neste cenário, os socialistas ficam a apenas dois deputados da maioria absoluta na Assembleia da República, onde se sentam 230 parlamentares.

As várias sondagens têm dado o PS como favorito e próximo da maioria absoluta e a da Intercampus vem reforçar essa tendência, traduzindo-a em número de deputados eleitos.

Em segundo lugar nas intenções de voto está o PSD com 23,6% dos votos e 67 deputados eleitos, segundo a Intercampus. Esta votação coloca o partido de Rui Rio a uma distância considerável do partido de António Costa: 14,3 pontos percentuais.

Estes valores mostram também que o PSD e o CDS-PP, que concorreram coligados nas últimas legislativas, podem vir a perder um número significativo de deputados. Em outubro de 2015, a coligação PàF (Portugal À Frente) elegeu 107 deputados. Nas eleições de 6 de Outubro, os dois partidos devem perder 31 deputados. A Intercampus estima que o CDS consiga eleger nove deputados, com 6,3% das intenções de voto.

No entanto, a sondagem mostra que os deputados perdidos da direita não passam todos para o PS, que conseguem eleger mais 28 parlamentares do que em 2015, quando elegeram 86 deputados.

PAN elege seis deputados

Depois da surpresa nas eleições para o Parlamento Europeu, o PAN (partido Pessoas, Animais e Natureza) pode voltar a surpreender na noite de 6 de outubro. A sondagem estima que o partido de André Silva consiga eleger um total de seis deputados, mais cinco do que tem agora, e obter 5,2% dos votos.

Com este cenário, e a dois deputados da maioria absoluta, bastaria a António Costa o apoio parlamentar do PAN para conseguir maioria parlamentar: somados, os dois partidos teriam 120 deputados.

O ainda primeiro-ministro não tem fechado a porta a acordos pós eleitorais e André Silva já admitiu apoiar soluções governativas. No debate na passada quarta-feira, os dois líderes partidários falaram várias vezes sobre os pontos de convergência na próxima legislatura, mas nada foi dito (nem perguntado) sobre eventuais entendimentos nos próximos quatro anos.

Por outro lado, segundo a Intercampus, o PAN ficaria a 1,1 pontos percentuais do CDS-PP. A Intercampus, que também sondou os inquiridos sobre a imagem dos líderes partidários, conclui que André Silva é mais bem visto do que os líderes do PSD e do CDS, com uma nota de 2,8 (em cinco), contra 2,6 de Rui Rio e 2,5 de Assunção Cristas. Só António Costa e Catarina Martins têm notas positivas, de 3,3 e 3,1 valores, respetivamente. Jerónimo de Sousa tem uma nota de 2,9 valores.

Os inquiridos na sondagem só dão nota acima de 4 ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Bloco de Esquerda e CDU perdem um deputado cada

A sondagem da Intercampus mantém o Bloco de Esquerda (BE) como a terceira força política, com uma votação de 9,8%, abaixo dos 10,2% das legislativas de 2015. Já a CDU (coligação entre o PCP e ‘Os Verdes) consegue subir ligeiramente nas intenções de voto, com 8,6% (nas últimas legislativas teve 8,3% dos votos).

Ainda assim, as duas forças políticas, que garantiram a maioria parlamentar ao PS nesta legislatura, perdem um deputado cada: o Bloco consegue eleger 18 e a CDU 16, conclui a sondagem.

Com estes números, António Costa pode escolher o apoio parlamentar entre PAN, BE ou CDU, ao contrário do que aconteceu em 2015, quando teve de negociar com BE e PCP.



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