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Senado dá passo em frente para reaprovar diploma da Defesa vetado por Trump

Donald Trump vetou o diploma porque não aplicava as restrições que exigiu para as redes sociais, como, por exemplo, o Facebook e o Twitter.

Reuters
31 de Dezembro de 2020 às 00:05
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O Senado dos Estados Unidos, cuja maioria é republicana, deu hoje mais um passo em frente para reaprovar o diploma da política de Defesa do país, vetado pelo Presidente cessante, o também republicano Donald Trump.

Com 80 votos favoráveis e 12 contra, o Senado superou o número necessário para começar a discussão destinada a anular o veto presidencial. Deste modo, a votação que poderá reaprovar, independentemente da decisão de Trump, deverá decorrer na quinta-feira, na sexta-feira ou até no sábado.

A Câmara dos Representantes, a denominada câmara 'baixa' do Congresso norte-americano e cuja maioria é democrata, votou favoravelmente a reprovação do diploma na segunda-feira e agora apenas falta o Senado para contrariar a decisão do Presidente.

O diploma da política de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), um documento que contempla uma verba de 740 mil milhões de dólares (cerca de 601 mil milhões de euros), foi vetado por Trump na semana passada.

Donald Trump vetou o diploma porque não aplicava as restrições que exigiu para as redes sociais, como, por exemplo, o Facebook e o Twitter.

O chefe de Estado cessante alega que as empresas que operam no ramo das redes sociais censuraram deliberadamente as publicações que fez e que, por isso, foi prejudicado durante a campanha eleitoral que ditou a vitória do democrata Joe Biden nas presidenciais.

O Twitter ocultou certas publicações feitas por Trump, acompanhando-as com um aviso de que as alegações feitas poderiam não corresponder à verdade. Contudo, a rede social continuou a permitir a leitura do 'tweet' censurado, mediante consentimento do utilizador.

O Facebook não ocultou publicações referentes a Trump e a apoiantes do Presidente, mas acompanhou-as com uma mensagem, na qual era possível ler que o que estava escrito podia carecer de evidências reais.

Esta prática foi utilizada para combater a propagação de 'fake news' sobre a pandemia e sobre as eleições norte-americanas, depois de comprovada a influência que estas plataformas tiveram nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 e nas últimas presidenciais no Brasil.

Trump também se opõe à alteração do nome de várias bases militares que homenageiam figuras proeminentes da Confederação, a fação que era contra a abolição da escravatura, durante a Guerra Civil norte-americana.

É a primeira vez em 59 anos que um Presidente veta o diploma que define a política de Defesa dos EUA e se o Congresso decidir aprovar de qualquer modo o documento, desconsiderando as exigências feitas por Trump, será a primeira vez que acontece nos quatro anos de mandato do republicano.
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