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Secretário-geral do PS acusa Governo de estar em campanha a "vender ilusões"
O secretário-geral do PS acusa o Governo de "vender ilusões" sobre a situação económica do País com objetivos eleitorais e defendeu uma "ruptura planeada" para acabar com privilégios e a desigualdade.
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"O Governo está numa autêntica campanha eleitoral. Não passa de um vendedor de ilusões, gerando a ilusão de que o País está a sair da crise", acusou António José Seguro no encerramento da 1ª Conferência Nacional da Convenção Novo Rumo, no Centro Cultural de Belém, Lisboa.
O secretário-geral socialista admitiu que "um ou outro indicador económico melhorou" mas defendeu que, globalmente, "o País está pior do que há dois anos e meio", mais "pobre e mais desigual".
Seguro contestou a ideia de que o emprego está a crescer, questionando "como é que um País que em 2013 tem uma recessão de 1% consegue criar emprego" e considerou que isso "não é possível".
O líder socialista considerou que os portugueses "desta vez não se vão deixar iludir", referindo-se às próximas eleições europeias, que se realizarão dentro de quatro meses.
Seguro defendeu que "não tinha que ser assim" e disse que, de futuro, com um governo socialista, "não vai ser assim", acrescentando que será necessária uma "ruptura" para acabar com privilégios.
"Nalguns casos temos de fazer rupturas pensadas e planeadas. Não rupturas à mercê de curto prazo ou do experimentalismo social, mas rupturas que acabem com privilégios na sociedade portuguesa e promovam um País mais coeso e com menos desigualdade", afirmou.
"Aqueles que julgam que conseguimos sair da crise para voltar dentro de pouco tempo aos tempos que nos trouxeram a ela estão profundamente errados", considerou, pedindo aos socialistas para "não terem medo da palavra mudança".
Seguro apontou a educação, a saúde e a Segurança Social como prioridades, afirmando que "um bom governo" terá de ter "mão férrea na gestão de dinheiros públicos" e "ao mesmo tempo mobilizar os portugueses em torno de um projeto que torne o País menos desigual".
Sobre as funções sociais do Estado, Seguro defendeu a necessidade de "celebrar um novo compromisso que as torne sustentáveis".
O próximo Governo, disse, vai precisar "de celebrar um contrato de confiança" com a "esmagadora maioria dos portugueses" para "atingir as metas e os objectivos" ao longo da governação.
Uma "economia verde, baseada em energias renováveis", a "agricultura biológica", um plano para a recuperação da indústria e a criação de empresas de base tecnológica são algumas das apostas identificadas pelo líder socialista.