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Risco de França próximo de máximos de 2012 com Le Pen a subir nas sondagens

A mais recente sondagem mostra que a candidata da extrema-direita encurtou a desvantagem face a Fillon e Macron na segunda volta das eleições.

Marine le Pen: Mesmo sem vencer as regionais, a líder da extrema-direita francesa ganhou peso político e pôs em sentido os partidos republicanos.
20 de Fevereiro de 2017 às 16:06
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A líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, está a ganhar terreno na corrida às eleições presidenciais francesas, beneficiando dos receios dos eleitores relacionados com a segurança.

A sondagem diária OpinionWay desta segunda-feira, 20 de Fevereiro, mostra que o apoio à candidata da extrema-direita aumentou um ponto percentual para 27% na primeira volta das eleições, enquanto os rivais François Fillon e Emmanuel Macron mantêm 20% das intenções de voto, cada um.

A vantagem de Le Pen na primeira volta já era, porém, apontada há muito. A novidade desta última sondagem é que a candidata da Frente Nacional está a encurtar a sua distância face a Fillon e Macron na segunda volta.

A OpinionWay mostra que, defrontando Macron, Le Pen perderia com 42% dos votos, enquanto numa segunda volta contra Fillon, a candidata da extrema-direita sairia derrotada com 44% dos votos.

O aumento da vantagem de Le Pen nesta última sondagem é especialmente notório face ao antigo ministro da Economia de Valls, já que, há uma semana, as intenções de voto traçavam um cenário de derrota de Le Pen com 36/37% dos votos face a 63/64% de Macron.

"É tudo uma questão de segurança", afirma Bruno Jeanbart, director da OpinionWay, citado pela Bloomberg. "Le Pen está a beneficiar do facto de estarem todos ocupados a brigar ou incapazes de se desembaraçarem das suas muitas controvérsias".

Uma outra sondagem citada pela agência noticiosa mostra que Le Pen é considerada a candidata mais bem posicionada para lidar com questões de segurança.

Esta segunda-feira, os juros da dívida pública francesa estão a contrariar a tendência de alívio na generalidade dos países do euro, com uma subida de 2,5 pontos base para 1,063% no prazo a dez anos. O risco – medido pelo spread face à dívida alemã – está a aumentar para 74,8 pontos, um valor próximo de máximos de Novembro de 2012.

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