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Rio rejeita partidarizar nomeação da PGR e aconselha quem discorda "estruturalmente" a sair do PSD

O presidente do PSD rejeitou hoje falar sobre a eventual recondução da PGR antes de a questão ser colocada pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República, e aconselhou os críticos internos que discordam "estruturalmente" a saírem do partido.

07 de Setembro de 2018 às 18:03
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Convidado do programa Bloco Central da TSF, que será transmitido a partir das 19:00, Rui Rio foi questionado sobre a posição do PSD quanto a uma eventual recondução de Joana Marques Vidal, que termina o mandato em Outubro, mas respondeu que "quem é responsável por colocar o problema em cima da mesa é o primeiro-ministro e o Presidente da República".

 

"Enquanto eles não colocarem o problema em cima de mesa, eu não coloco o problema. E muito menos faço uma coisa que tenho visto ser feita, que é partidarizar uma nomeação que deve ser tudo menos partidarizada", afirmou.

 

O presidente do PSD salientou que não quer nenhum procurador-geral da República (PGR) que seja "mais afecto ao PSD, ao PS, ao CDS ou ao PCP".

 

"É logo errado, é logo errado isso. A partidarização deste tema, eu acho errado. Tem de ser feito com elevação e com sentido de Estado", defendeu.

 

Na TSF, o presidente do PSD aconselhou os críticos internos que discordam "do ponto de vista estrutural" a tomarem uma atitude idêntica à de Pedro Santana Lopes, que no início de agosto saiu do PSD para formar um novo partido, a Aliança.

 

"Eu acho que aqueles que discordam, e discordam do ponto de vista estrutural, obviamente que é mais coerente sair, o que não é coerente é ficar dentro a tentar destruir. Se pertenço a um partido, clube, ou associação é para colaborar, e discordar criticamente, mas de forma genuína e de forma real, não de forma táctica", defendeu.

 

Rui Rio elogiou até "a frontalidade" de Pedro Santana Lopes: "Posso discordar dele ter saído, podemos até achar que é incoerência, candidatou-se a líder e depois sai. Mas há pelo menos uma frontalidade, sai e agora está legitimado para criticar".

 

"Ora quem estruturalmente discorda tem de ter uma atitude idêntica à que Pedro Santana Lopes teve. O que já não é tão bonito é ficar cá dentro a tentar destruir o próprio partido, pelo menos conjunturalmente enquanto for esta liderança", sublinhou.

 

O programa semanal da TSF Bloco Central tem a participação dos comentadores Pedro Adão e Silva e Pedro Marques Lopes e é moderado pelo jornalista Anselmo Crespo.

 

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