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Rio critica Costa por manter no Governo um Centeno "sem condições"

O presidente do PSD voltou à carga contra o ministro das Finanças, que considera não ter condições para continuar no Executivo. Rui Rio aponta como possível explicação para a manutenção de Centeno ter mais "força" do que o primeiro-ministro.

Lusa/EPA
14 de Maio de 2020 às 13:28
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Um dia depois de ter defendido que Mário Centeno já não tem condições para continuar a exercer o cargo de ministro das Finanças, Rui Rio não só reitera essa ideia como sugere que a manutenção no executivo, mesmo que a prazo, pode ter como explicação uma "força superior" do também líder do Eurogrupo face ao primeiro-ministro. 

"Mário Centeno não passou a ter condições para continuar. O primeiro-ministro é que assumiu que no seu Governo, ainda que sem condições, um ministro pode continuar a sê-lo mesmo quando faltam mais de três longos anos para o fim da legislatura... ou quando a força do ministro é superior à do primeiro-ministro", escreveu, ao início desta tarde, o presidente do PSD na rede social Twitter.

Esta quarta-feira, Rio disse mesmo que Mário Centeno não contava com a confiança do primeiro-ministro e que nem os deputados do PS haviam apoiado a posição do ministro do debate de atualidade ontem realizado sobre o Novo Banco. Pouco depois, o vice-presidente da bancada socialista, João Paulo Correia, defendeu Centeno e acusou a direita pela forma como foi resolvido o antigo BES.
As afirmações do líder social-democrata surgem depois de um encontro realizado na noite de ontem, em São Bento, que possibilitou a Centeno e a António Costa acordarem, segundo apurou o Negócios, a manutenção do ministro pelo menos até junho.

Centeno continuará no Terreiro do Paço pelo menos até à aprovação do orçamento retificativo que o Governo pretende apresentar em junho no Parlamento, possibilitando-lhe assim fechar o processo de negociação relativo à resposta da União Europeia ao choque económico. 

Foi esta a conclusão da crise gerada a propósito das declarações feitas pelo Presidente da República a propósito da transferência de 850 milhões de euros para o Novo Banco. Marcelo Rebelo de Sousa ficou ao lado do primeiro-ministro, António Costa, e criticou Centeno por ter autorizado a dita transferência sem que estivesse concluída uma auditoria em curso ao banco, o que acabou por deixar o ministro fragilizado.

(Notícia atualizada)
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