Notícia
Quase 70 políticos e gestores públicos penalizados por ocultarem rendimentos
Uma contabilização da PGR mostra que, desde 2012, quase 70 políticos e altos titulares de cargos públicos foram penalizados por não entregarem declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional.
Quase 70 políticos e titulares de altos cargos públicos foram penalizados na última década por não entregarem ao Tribunal Constitucional declarações de rendimento e património, noticia o Público na edição desta sexta-feira, 25 de junho.
Esta é a contabilização mais recente da Procuradoria-Geral da República (PGR) da aplicação da lei de 1983, e que foi alterada em 2019, que reforça o controlo público da riqueza dos políticos e dos altos titulares de cargos públicos no exercício das funções.
No entanto, desde 2012, houve 68 que foram penalizados por não o fazerem: 19 foram afastados do cargo (perda de mandato ou demissão), 44 ficaram inibidos de o voltar a ocupar e seis saíram pelo próprio pé perante uma falha na partilha pública daquela informação pessoal.
O parlamento debate esta sexta-feira quatro propostas de lei do Governo que concretizam a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção (ENCC), e 21 diplomas de todos os partidos, muitos centrados na criminalização da ocultação de riqueza ou enriquecimento ilícito.
No entanto, a maioria dos diplomas não será votado já, baixando diretamente para a discussão na especialidade, que só deverá concluir-se na próxima sessão legislativa.
Fonte da direcção da bancada do PS explicou à Lusa que hoje apenas deverão ser votados dois dos diplomas do Governo que transpõem diretivas europeias: uma relativa à utilização de informações financeiras e de outro tipo para efeitos de prevenção, deteção, investigação ou repressão de infrações penais e outra sobre o combate à fraude e à contrafacção de meios de pagamento que não em numerário.