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PSD diz que tem “disponibilidade para aproximar posições” com PS
Luís Montenegro assegurou que as negociações entre os três partidos estão a ser o mais céleres possíveis e que o PSD tem disponibilidade para tentar concertar posições com o partido de António José Seguro.
O líder parlamentar do Partido Social Democrata afirmou esta quarta-feira que existe, no seio dos sociais-democratas, “disponibilidade para aproximar posições” com o Partido Socialista (PS) e que espera que haja a mesma disponibilidade do lado dos socialistas.
Questionado pelos jornalistas à saída da reunião da conferência de líderes parlamentares sobre se a realização do Conselho Nacional do PSD esta quinta-feira significa que um acordo entre os três partidos está para breve, Luís Montenegro sublinhou que a reunião do órgão máximo do PSD (entre Congressos) já estava marcado antes do início das negociações.
No entanto, o líder parlamentar do PSD assegura que tem sido feito “um grande esforço” para que as negociações sejam o mais céleres possível. “Se for possível cumprir esse calendário de modo a que o assunto possa ser discutido antes do Conselho Nacional assim será”, disse Luís Montenegro, acrescentando ainda que não acredita numa “pré-determinação do momento a partir do qual não haverá mais negociação”.
Sobre o cenário de eleições antecipadas, já confirmadas pelo Presidente da República, Luís Montenegro garantiu que “os deputados PSD estão muito coesos no propósito de cumprir a legislatura”. O líder parlamentar do PSD sublinhou ainda que “começa a haver sinais de que o caminho percorrido até aqui começa a dar frutos”, dando, a título de exemplo, os últimos dados do Banco de Portugal e da Universidade Católica.
PS, PSD e CDS reúnem-se na sede dos sociais-democratas na tarde desta quarta-feira, em mais uma reunião de negociação, onde deverão começar a passar a escrito os pontos já negociados. Poiares Maduro e Carlos Moedas vão estar presentes na reunião.
Tal como o PSD, o PS vai reunir a sua Comissão Política Nacional parra análise da situação política esta quinta-feira à noite.
Na comunicação ao País, a 10 de Julho, o Presidente da República apelou a um acordo de “salvação nacional”entre os três partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika.
Nesse discurso, Cavaco Silva enumerou três pilares fundamentais para o acordo: a definição do calendário mais adequado para a realização de eleições antecipadas depois do final do Programa de Assistência Financeira, o apoio dos três partidos a medidas para que Portugal possa regressar aos mercados em 2014 e para a finalização do programa de assistência, e ainda um compromisso entre PS, PSD e CDS que assegure a governabilidade do próximo Governo eleito.