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Partidos tentam passar “compromisso de salvação nacional” para o papel

Partidos prometem apresentar amanhã “contributos escritos com vista à obtenção de um ‘Compromisso de Salvação Nacional’ com a máxima brevidade".

27.º - Aníbal Cavaco Silva 
Volta a subir na lista, após intervenção política de fundo durante a crise no Governo durante o Verão.
Miguel Baltazar
16 de Julho de 2013 às 18:10
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A terceira ronda de negociações entre PS, PSD e CDS foi “intensa”, tendo servido para “aprofundar” os termos de um eventual compromisso de salvação nacional, pedido pelo Presidente da República na passada quarta-feira, sendo que amanhã as delegações partidárias apresentarão “contributos escritos".

 

"Os trabalhos prosseguiram de forma intensa, tendo as delegações partidárias acordado continuar as reuniões amanhã com a apresentação de contributos escritos com vista à obtenção de um ‘Compromisso de Salvação Nacional’ com a máxima brevidade”, refere o comunicado emitido pelos partidos.

 

No encontro desta tarde, que decorreu desta feita na sede do CDS-PP, no Largo do Caldas, “aprofundaram-se os temas e analisaram-se documentos sobre a situação economico-financeira do país”.

 

A delegação do PSD liderada por Jorge Moreira da Silva voltou a integrar Miguel Poiares Maduro e Carlos Moedas, mas contou hoje também com a ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque.

 

O comunicado dos partidos torna explícito, como fizera ontem o PS numa nota enviada às redacções, que os governantes envolvidos participam “exclusivamente” enquanto representantes dos partidos políticos.

 

Este terceiro encontro contou novamente com a presença, na qualidade de observador, de David Justino, assessor de Cavaco Silva, e acontece depois de PCP e Bloco de Esquerda terem apelado ao PS para que se volte para a esquerda e pondere um programa de governo alternativo.

 

A delegação do PS liderada por Alberto Martins voltou a contar com as presenças de Eurico Brilhante Dias e de Óscar Gaspar, sendo que a delegação do CDS contou igualmente com Miguel Morais Leitão, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, ao lado de Pedro Mota Soares.

 

Na sua comunicação ao país em 10 de Julho, o Presidente da República apelou a um acordo de "salvação nacional" entre os três partidos que assinaram o memorando da troika, tendo enumerado três pilares fundamentais para esse entendimento.

 

O acordo, disse Cavaco Silva, deverá estabelecer o calendário mais adequado para a realização de eleições antecipadas, "devendo a abertura do processo conducente à realização de eleições coincidir com o final do Programa de Assistência Financeira, em Junho do próximo ano".

 

Em segundo lugar, o compromisso deve garantir "o apoio à tomada das medidas necessárias para que Portugal possa regressar aos mercados logo no início de 2014 e para que se complete com sucesso o Programa de Ajustamento a que nos comprometemos perante os nossos credores".

 

O Presidente pediu ainda "um acordo de médio prazo, que assegure, desde já, que o Governo que resulte das próximas eleições poderá contar com um compromisso entre os três partidos que assegure a governabilidade do País, a sustentabilidade da dívida pública, o controlo das contas externas, a melhoria da competitividade da nossa economia e a criação de emprego".

 

Quatro dias depois da comunicação de Cavaco Silva, os partidos do arco da governação reuniram-se pela primeira vez neste domingo, tendo definido o prazo para acordar um "compromisso de salvação nacional": uma semana.

 

(notícia actualizada às 18h30)

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