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PSD preocupado com "mais uma fraude" nos currículos do Governo

O PSD manifestou a sua "maior preocupação" com o que diz ser "mais uma fraude" nos currículos dos Governo e disse tratar-se de um "padrão de mentira e encobrimento" que exige ver esclarecido pelo ministro da Educação.

Miguel Baltazar
28 de Outubro de 2016 às 21:32
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"O PSD manifesta a sua maior preocupação pelos dados, pelas informações que foram hoje reveladas pela imprensa acerca de mais uma fraude nos currículos dos governantes e ainda por cima de alguma lógica de encobrimento que parece ter existido neste último caso", afirmou esta sexta-feira, 28 de Outubro, o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim.

 

O chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e Desporto, Nuno Félix, demitiu-se hoje, depois de se ter tornado público que não concluiu as duas licenciaturas que declarou ter, segundo o jornal Observador.

 

De acordo com o Observador, Nuno Félix declarou, "para efeitos de despacho de nomeação", que tinha uma licenciatura em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e outra em Direito, pela Universidade Autónoma, tendo ambas as instituições desmentido que o chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e Desporto as tenha concluído.

 

Para o deputado Carlos Abreu Amorim, parece tratar-se de "um padrão de mentira e de encobrimento" e "a serem verdadeiras as informações que hoje foram reveladas, o senhor ministro da educação revela ter um sentido de Estado completamente invertido. "Preferiu a manutenção de um chefe de gabinete que estava a mentir à manutenção de um secretário de estado que queria repor a verdade", sustentou o social-democrata.

 

Nesse sentido, "o grupo parlamentar do PSD exorta o senhor primeiro-ministro António Costa a obrigar o seu ministro da Educação a dar as explicações ao país, aos portugueses, explicações que têm que ser minuciosas, cabais e contundentes".

 

"Neste momento é preciso saber se o sentido de Estado está ou não salvaguardado neste Governo ou se de facto existe o tal padrão de mentira e de encobrimento", assinalou o social-democrata para quem "a responsabilidade está não apenas no senhor ministro da Educação, mas também no senhor primeiro-ministro António Costa".

 

Já esta semana, o primeiro-ministro António Costa aceitou o pedido de demissão do seu adjunto para os Assuntos Regionais, Rui Roque, também por declarar, para efeitos de despacho de nomeação, uma licenciatura que não detinha, um caso também avançado pelo jornal Observador.

 

No primeiro Governo de Pedro Passos Coelho, o ministro Miguel Relvas demitiu-se na sequência de ter sido tornado público que a sua licenciatura em Ciência Política na Universidade Lusófona de Lisboa tinha sido concedida com base em equivalências ilegais.

 

Já anteriormente, o ex-primeiro-ministro José Sócrates tinha visto a sua licenciatura pela Universidade Independente ser posta em causa pela forma irregular como teria sido concluída.

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