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PSD ganha eleições na Madeira mas perde maioria absoluta. PS dispara

O PS ficou a três deputados de repetir a maioria absoluta. Terá de coligar-se com o CDS ou com o JPP. Bloco de Esquerda e PTP saem do Parlamento.

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O PSD ganhou as eleições regionais na Madeira, mas o resultado não permite repetir a maioria absoluta que o partido alcançou sempre nos últimos 40 anos.

 

Com os votos já contados em todas as 54 freguesias da Região Autónoma, o PSD obteve 39,42% dos votos, o que se traduz na eleição de 21 deputados. Ou seja, aquém dos 24 necessários para a maioria absoluta no Parlamento da Madeira.  

 

Em 2015 o PSD tinha eleito 24 deputados, tendo conseguido 44,35% dos votos.

 

O PS viu o seu resultado disparar face às últimas eleições, mais do que triplicando os votos para 35,76%, o que permite a eleição de 19 deputados. Em 2015 tinha eleito apenas cinco.

A subida do PS foi obtida à custa da descida de todos os outros partidos. O CDS passou para terceiro partido mais votado (em 2015 tinha sido o segundo), obtendo 5,76% dos votos. O número de deputados baixou de sete para três.

 

O Juntos Pelo Povo (JPP), que se estreou em 2015 sendo o partido sensação nas eleições regionais desse ano, baixou para 5,47% dos votos, elegendo apenas três deputados (cinco em 2015).

 

A CDU (PCP/PEV) e o Bloco de Esquerda, que em 2015 tinham eleito dois deputados cada um, registaram uma forte queda na votação. A CDU baixou para 1,8% e elegeu apenas um deputado. Já o Bloco de Esquerda não elegeu qualquer deputado e deixa de estar representado no Parlamento madeirense. Também o PTP, do polémico José Manuel Coelho, perde o deputado que tinha. Obteve apenas 1% dos votos.

 

O PAN foi o sétimo partido mais votado (1,46%), mas continua sem eleger na Madeira.

A participação cresceu de forma substancial nestas eleições, com a abstenção a situar-se abaixo dos 45%. Em 2015 mais de metade dos eleitores optou por não votar e segundo a Lusa, esta foi a primeira vez desde 1984 que a taxa de abstenção desceu.

PSD precisa do CDS ou do JPP

 

Com estes resultados, Miguel Albuquerque tem várias alternativas para continuar a liderar o governo regional da Madeira. Para alcançar os três deputados que perdeu face às últimas eleições, precisa do apoio do CDS ou do JPP.

 

Já o PS de Paulo Cafôfo, apesar de ter disparado nas votações, é vítima dos maus resultados da CDU e do Bloco que Esquerda, que impede a repetição da geringonça que funcionou no Parlamento no Continente.

 

O PS precisa do apoio do CDS e do JPP para controlar a maioria do Parlamento madeirense.   


PS disponível para liderar uma base de entendimento

O líder do PSD da Madeira disse hoje que um eventual acordo com o CDS-PP para ter uma maioria que permita a governação na Madeira passará por "uma coligação de governo". "Será um acordo de coligação de governo", disse Miguel Albuquerque. O também cabeça de lista do PSD insular considerou ainda ser "fundamental que os partidos coligados tenham elementos" dentro dos executivos para "dar mais consistência à governação".

O líder do CDS-PP/Madeira, Rui Barreto, proclamou hoje a vitória do centro-direita nas eleições regionais por ter conseguido eleger três deputados e possibilitar uma maioria absoluta em coligação com o vencedor PSD. "Nesta coisas é preciso saber fazer contas. O centro-direita venceu as eleições na Madeira. E como o centro-direita venceu as eleições. A esquerda perdeu!", frisou o candidato.

Cafôfo felicitou Miguel Albuquerque pela vitória, frisando que "a esmagadora maioria da população não votou no PSD". "Ficou bem expressa a vontade de mudança da população ao não dar maioria absoluta ao PSD", afirmou, destacando que "o PS está disponível para liderar uma base de entendimento com os partidos da oposição para formar governo na Madeira".




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