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PS em dificuldades pede a dirigentes para pagarem despesas

As finanças do PS estão no vermelho e o partido tem pedido a alguns dirigentes que paguem algumas despesas correntes do seu próprio bolso, sem garantias de virem posteriormente a receber o dinheiro, escreve o Jornal de Notícias.

Miguel Baltazar/Negócios
02 de Setembro de 2016 às 09:27
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O Partido Socialista acumulava, no final do ano passado, um passivo de 21 milhões de euros e as dificuldades financeiras obrigaram os socialistas a entrarem em contenção de custos. Várias iniciativas deixaram de se realizar porque o dinheiro enviado pela sede, no Largo do Rato, deixou de chegar a várias concelhias, escreve esta manhã o Jornal de Notícias. Em várias dessas concelhias, o partido pede aos dirigentes para pagarem despesas correntes, como a factura da luz ou da água, a título de contribuição.

 

"Não se trata de uma imposição unilateral", sublinha Manuel Pizarro, presidente da concelhia do Porto. Propor a "secretários-coordenadores que assumam essas despesas é uma forma completamente transparente de regularizar situações que existem e que ninguém tem necessidade de esconder", afirmou este dirigente, em declarações ao JN.

 

De acordo com o jornal, é nas concelhias de Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Tábua, Oliveira do Hospital e Pedrógão Grande que se registam as situações mais gritantes. Também há problemas em Matosinhos e Gondomar. O líder da Federação de Setúbal, António Mendes, admitiu ao JN que a "contenção de gastos é muito grande". E também aceita que os dirigentes assumam as despesas.

 

"Não me choca que um dirigente local assuma tais despesas, principalmente em concelhias que têm mais de uma sede. Mas estamos a regularizar", acrescentou.

 

Um dos dirigentes afirma, sob anonimato, que "há coordenadores que já não o são e estão a ‘arder’ com dívidas. O partido recusou-se a comentar.

 

No ano passado, prossegue o JN, o PS registou mais de 1,5 milhões de euros de perdas por imparidades nas suas contas. Uma verba que os socialistas registaram com activo em caixa mas que era relativa ao montante de quotas que era expectável receber.

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