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Pires de Lima desafia PS para um compromisso para o investimento
O ministro da Economia questionou os socialistas se estão disponíveis para dar continuidade a medidas como o regime de comunicação prévia ou a descida do IRC que permitam atrair mais investidores nos próximos anos.
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O ministro da Economia, Pires de Lima, desafiou esta quarta-feira, 8 de Abril, o partido socialista para "um compromisso alargado para o investimento".
Como sublinhou na comissão parlamentar de economia e obras públicas, a economia portuguesa crescerá ainda mais e atrairá mais investimento em 2015 e 2016, mas "para isso é preciso que juntemos esforços para continuar a trabalhar na agenda da simplificação administrativa", de forma a que " a Administração Pública seja percepcionada como parceiro do investimento e não como quem dificulta esse investimento".
O ministro lançou um conjunto de perguntas ao Partido Socialista, desde logo se " o PS está preparado para respeitar o regime de comunicação prévia, que permite a investidores avançarem com investimento com uma comunicação prévia as autoridades?" Um regime, disse, que pressupõe um contrato de confiança entre Administração Pública central e local e aqueles que investem.
Mas o desafio que Pires de Lima lançou ao PS foi mais longe. "Está o PS disponível para assumir o novo código fiscal de investimento?" "Está o PS disponível para se sentar com o Governo sobre a continuidade da reforma do IRC?" "Está o PS disponível para dar continuidade à redução do IRC para 17% ou outras descidas de impostos sobre as pessoas e as empresas?" "Está o PS disponível para dar continuidade ao programa de vistos para investidores?"
"É muito importante perceber as respostas que PS tem para dar a estas matérias", frisou o ministro.
Pires de Lima realçou a importância de reforçar o investimento no país para reduzir a taxa de desemprego.
Segundo disse, o Governo prevê que durante o segundo e terceiro trimestre deste ano o desemprego volte a cair e se situe abaixo dos 13,4% que o Governo orçamentou.
"Estamos a trabalhar para que no final da legislatura o desemprego esteja abaixo dos 12,7%", valor em que se situava no final do Governo de José Sócrates.