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Passos regressa à Festa do Pontal como líder da oposição
O presidente do PSD regressa este domingo ao calçadão de Quarteira, no Algarve, para a tradicional ‘rentrée' do partido na Festa do Pontal, pelo sétimo ano consecutivo, mas agora como líder da oposição.
O líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, fará o último discurso da noite, depois do presidente da concelhia de Loulé, do presidente da JSD distrital e do presidente da distrital do Algarve.
Passos Coelho estreou-se como presidente do PSD na Festa do Pontal em 2010, depois de em 2008 e 2009 a então líder do partido, Manuela Ferreira Leite, não ter comparecido na iniciativa.
Em 2011, dois meses depois de ter vencido as eleições legislativas de Junho, Passos Coelho voltou a Quarteira já como primeiro-ministro, com a promessa de apresentar um "programa ambicioso" até ao final desse verão.
Em 2012, numa altura de alguma tensão social, com o argumento da redução de custos os sociais-democratas transferiram a festa do calçadão da Quarteira para um salão de um parque aquático, a poucos quilómetros de distância.
Na chefia do Governo há pouco mais de um ano, nesse ano Passos Coelho assinalava a ‘rentrée' com a garantia de que o executivo PSD/CDS-PP tinha "um programa" para quatro anos e a "ambição" de o renovar, antevendo 2013 como o ano de "inversão" e de "preparação da recuperação económica".
Em 2013, já com o PSD novamente reunido no calçadão de Quarteira, mesmo junto à praia, o líder social-democrata elegeu o Tribunal Constitucional como ‘alvo' do discurso, dramatizando um eventual ‘chumbo' dos juízes do Palácio Ratton a medidas propostas pelo Governo, porque alguns dos resultados alcançados na luta contra a crise poderiam ser postos em causa.
No ano seguinte, o líder do PSD deixou um desafio aos socialistas, afirmando-se disponível para acordar uma reforma da Segurança Social que tenha o contributo do PS. "Ganhe quem ganhar as eleições, a seguir a 2015 faremos a reforma da Segurança Social que pudermos acordar daqui até às eleições", propôs.
Em 2015, a menos de dois meses das eleições legislativas, e pela primeira vez, a tradicional festa do Pontal juntou os líderes do PSD e do CDS-PP, Paulo Portas (que viria depois a deixar a liderança dos democratas-cristãos em Março de 2016), partidos que formaram a coligação Portugal à Frente para se apresentarem às eleições de Outubro.
E, do palco montado a poucos metros da beira-mar, Passos Coelho deixou o seu desejo para as legislativas: "um resultado politicamente inequívoco".
Dois meses depois a coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições. Contudo, sem maioria no Parlamento, o Executivo "caiu" na Assembleia da República um mês depois, com os votos de toda a esquerda parlamentar (123 deputados do PS, PCP, BE, PEV e do deputado do PAN) a aprovarem uma moção de rejeição ao programa do Governo apresentada pelo PS.
Os socialistas fariam depois um acordo parlamentar com o BE, o PCP e o PEV que lhes permitiu chegar ao Governo.
Sete anos depois da estreia na Festa do Pontal, Passos Coelho volta a Quarteira "vestindo" exactamente o mesmo "fato" de 2010: o de líder da oposição.