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Passos: Crescimento da economia é "positivo" mas é preciso "agenda reformista"

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou "muito positivo" o crescimento da economia, mas, para que os resultados perdurem, o Governo deve perder a sua "quase obsessão" pelo "curto prazo" e ter uma "agenda reformista".

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
17 de Maio de 2017 às 20:10
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"Foi um desempenho no 1.º trimestre muito positivo. Acho que é importante que toda a recuperação da economia, que se iniciou em 2014, possa tornar-se mais vigorosa", afirmou o líder social-democrata, em Évora.

 

À margem da sessão de apresentação do candidato do PSD à Câmara de Évora, António Costa da Silva, Passos Coelho disse aos jornalistas, aliás, que "seria absurdo" que o PSD visse o desempenho da economia, quando é positivo, como uma contrariedade política".

 

O presidente do PSD reagia ao crescimento de 2,8% da economia portuguesa, no 1.º trimestre do ano, face ao mesmo período de 2016, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na segunda-feira.

 

"Em 2016, com a mudança de Governo e com a reorientação de política, abrandou o crescimento da economia", mas, neste 1.º trimestre do ano, "cresceu mais intensamente", o que "é positivo".

 

Agora, continuou Passos Coelho, "é importante consolidar essas perspetivas de crescimento e, sobretudo, ancorar as perspetivas de crescimento futuro numa agenda reformista que possa dar-nos balanço para crescer num patamar superior".

 

Só assim, defendeu, será possível "transformar este crescimento, não num crescimento cíclico, conjuntural, mas num crescimento que traga um efeito estrutural que perdure na economia".

 

Questionado se este crescimento significa que o Governo está a trabalhar bem, Passos Coelho disse ver no executivo de António Costa "uma quase obsessão" pelo "curto prazo".

 

"E isso, normalmente, tira profundidade às políticas. Pode ser bom enquanto dura, mas, como nós sabemos bem de experiência feita, quando passa esse efeito", depois fica "aquilo que é mais estrutural e que não é tão agradável", afirmou.

 

Este Governo, segundo o presidente do PSD, "se quiser fazer perdurar estes resultados, tem de ficar também associado a uma agenda reformista". "Não pode ser de outra maneira. Não podemos viver sempre dos efeitos das decisões que foram feitas no passado. É sempre preciso, quando queremos passar para um patamar superior, transformar alguma coisa. Não podemos viver apenas dos efeitos cíclicos da própria economia", argumentou.

 

Mas, com o actual Executivo, "essa agenda não é conhecida" e Passos Coelho disse não ter "muito essa expectativa" de a ver, devido à "quase obsessão" pelo "curto prazo".

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