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Passos Coelho insta Governo a pôr a economia a crescer para aumentar salários e pensões
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou, no sábado, que o Governo deveria privilegiar uma política de crescimento da economia, "em vez de andar à procura de medidas de compensação" para o aumento do salário mínimo nacional.
"Em vez de andar à procura de medidas de compensação, não era melhor adotar uma estratégia que pudesse pôr as nossas empresas, o nosso país a crescer o suficiente para aumentar o que eles querem ao salário mínimo nacional? Pois é isso que deviam fazer", referiu, em Esposende, num jantar que reuniu cerca de 1500 pessoas.
Para Coelho, com o crescimento da economia seria possível aumentar não só o salário mínimo, como também as pensões e os salários de toda a sociedade.
"Por que é que há-de ser só o salário mínimo?", questionou.
Passos Coelho lembrou que, esta semana, o próprio ministro do Trabalho, Vieira da Silva, reconheceu que o atual ritmo de crescimento do salário mínimo nacional "não é sustentável num longo prazo".
Por isso, rotulou o Governo de "populista e demagógico", acusando-o de se aliar "à extrema esquerda quando quer dar boas notícias" e de se tentar socorrer do PSD "para compor as asneiras" que cometeu.
"A maioria só apoia o Governo para demagogia e populismo, não para governar com responsabilidade", afirmou, vaticinando que a actual maioria só durará "enquanto houver dinheiro".
Mas, avisou, no dia em que não houver dinheiro o Governo "que não conte com o PSD".
Coelho deixou outro aviso ao Governo e à "maravilha do artifício" do executivo de António Costa: "Não nos desmobilizam, somos um osso bem mais duro de roer do que pensam, não desistiremos de um Portugal melhor".
Durante o jantar, o atual presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, anunciou a sua recandidatura ao cargo nas próximas autárquicas.