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Novo líder do PSD/Madeira diz que não há "ruptura total" com Alberto João Jardim

O novo líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, disse não haver "ruptura total" com Alberto João Jardim e que decidiu adoptar, a partir de 2000, uma postura crítica devido ao ciclo de políticas ultrapassadas" preconizado pelo partido.

07 de Janeiro de 2015 às 09:28
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"Não há ruptura total. Há neste momento uma mudança que foi sufragada pelos militantes do partido relativamente ao que devem ser as novas políticas. Houve mudança de protagonistas, houve uma mudança sufragada de políticas e posturas do partido para liderar um novo ciclo político", declarou o sucessor de Jardim, em entrevista à agência Lusa.

 

Miguel Albuquerque foi eleito no passado dia de 29 de Dezembro numa segunda volta das eleições internas do PSD/M, as quais venceu 64,06% dos votos (3.949), derrotando o candidato apoiado por Jardim, o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia.

 

O ex-autarca do Funchal foi durante muitos anos considerado um dos delfins de Jardim, mas entrou em rota de colisão com o até então incontestado líder e, em 2012, foi o primeiro a desafiá-lo numas eleições internas, que perdeu por 142 votos.

 

Albuquerque considerou que os problemas começaram em 2000, quando se "começou a constatar que havia que mudar as políticas e que havia um ciclo ligado sobretudo à construção, às grandes infra-estruturas públicas e ao crédito torrencial que estava já ultrapassado".

 

Por essa razão, "era preciso fazer uma inversão das políticas que estavam a ser prosseguidas na Madeira", acrescentou, apontando que "nesse sentido houve que tomar posição crítica".

 

"O dr. Alberto João Jardim foi um líder importante na história da Madeira e não precisa nem de mim, nem do PSD para afirmação dos seus direitos como cidadão e militante do partido", salientou.

 

Instado a pronunciar-se sobre o papel político que Jardim poderá ter no futuro, Albuquerque afirmou: "Neste momento não quero falar de cargos. Não pensei no assunto. Não sei o que o dr. Jardim pretende", vincando que tem de estar agora "concentrado no congresso, na unidade e mobilização do partido e nas próximas eleições regionais".

 

Miguel Albuquerque conclui que se for eleito presidente do Governo Regional da Madeira pretende "manter a mesma postura de sempre", viver uma "vida normal dentro daquilo que é possível e não se isolar das pessoas".

 

Confrontado se pretende manter aberto os portões da 'Quinta Vigia' [Presidência do Governo da Madeira], caso seja eleito, respondeu: "Não vou viver numa redoma".

 

O novo responsável do PSD/M disse que quer manter "quase todos os 'hobbies'", entre os quais a música e o cultivo de rosas, embora esteja consciente que "há muito trabalho pela frente".

 

No seu entender, "é mau quando as pessoas se desligam da vida real e deixam de fazer o que gostam", concluindo que "a especialização deforma a visão global que qualquer liderança política deve ter relativamente a uma sociedade".

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