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Nova proposta de condenação da China já está nas mãos de Trump
A Câmara dos Representantes já enviou para Donald Trump o projeto de lei que prevê sanções à China pela detenção e tortura de muçulmanos uigures.
Está nas mãos do presidente dos EUA avançar com sanções à China pela detenção e tortura de muçulmanos uigures.
Depois de, no início do mês, o Senado norte-americano [de maioria republicana] ter dado luz verde ao projeto de lei que condena a China por aqueles atos, praticados na região ocidental do país (em Xinjiang), esta noite foi a vez de a Câmara dos Representantes aprovar também a proposta legislativa.
Com a aprovação pelas duas câmaras do Congresso, cabe agora a Donald Trump promulgar ou não o projeto de lei para passar então a lei, mas o presidente ainda não disse se pretende assinar.
Esta é apenas mais uma frente de tensão entre Washington e Pequim. No dia 21 de maio, o Senado aprovou um projeto de lei que visa obrigat as empresas chinesas a seguirem as regras contabilísticas dos Estados Unidos, sob pena de poderem ser expulsas de bolsa. Falta agora a proposta legislativa ser votada na Câmara dos Representantes – e se também aí tiver luz verde, segue para homologação do presidente.
Por outro lado, os senadores norte-americanos anunciaram na semana passada que pretendiam apresentar um projeto de lei no sentido de sancionar os dirigentes chineses devido à nova lei de segurança nacional para Hong Kong que estes visavam aprovar.
Pequim preparou uma nova lei contra "atividades subservisas" em Hong Kong [para impedir que ali se vivam cenários idênticos aos do final do ano passado, quando se registaram fortes manifestações contra o regime chinês], que não foi vista com bons olhos pelos Estados Unidos.
Com esta nova lei de segurança nacional, a China visa apertar o controlo em Hong Kong, restringindo a atividade da oposição para conter novos episódios de confrontos dos ativistas pela democracia.
Por esta razão, esta quarta-feira o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, notificou o Congresso de que a Administração Trump já não considera Hong Kong um território autónomo da China continental.
A China e os EUA mantiveram um duro braço de ferro comercial durante cerca de ano e meio, com sanções impostas de parte a parte – e com a maioria ainda em vigor. Agora, nas últimas semanas, crescem as fricções noutras frentes.