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Netanyahu critica acordo "muito mau" sobre programa nuclear do Irão

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou o acordo sobre o programa nuclear do Irão, concluído na quinta-feira pelos Estados Unidos e outras potências ocidentais, classificando-o como "muito mau".

Bloomberg
05 de Abril de 2015 às 23:10
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Em declarações feitas este domingo à cadeia CNN, Netanyahu acusou Teerão de "querer aniquilar" o Estado hebreu e "conquistar o Médio Oriente".

 

Este acordo-quadro, concluído a 2 de Março em Genebra e que deve ser concretizado num texto definitivo até 30 de Junho, entre o grupo 5+1 e o Irão é "muito mau", que "não faz recuar o programa nuclear iraniano, agora já uma grande infra-estrutura nuclear (...) nem uma centrifugadora será destruída", disse.

 

O grupo 5+1 é composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia - e a Alemanha.

 

"É um acordo muito mau para Israel, para a região e para o mundo", sublinhou Netanyahu àquela estação de televisão americana.

 

O chefe do governo israelita exigiu que Teerão reconheça "sem ambiguidade o direito à existência de Israel", em qualquer acordo definitivo. A potência xiita faz da negação do Estado hebreu um dos pilares da sua política e os apelos à destruição de Israel fazem parte da retórica histórica iraniana. "Se um país, que promete aniquilar-nos e trabalha todos os dias para atingir este objectivo, consegue um acordo que abre caminho às armas nucleares, a nossa sobrevivência corre perigo", reafirmou Netanyahu.

 

Na sexta-feira, o presidente do Irão, Hassan Rohani, que permitiu um relançamento das negociações no outono de 2013, garantiu que um texto final abrirá "uma nova página" nas relações internacionais da República Islâmica.

 

Para Netanyahu, o fim previsto das sanções internacionais, há anos impostas ao Irão, vai levar "milhares de milhões de dólares para os cofres" do regime. "Eles não vão usar (este dinheiro) em escolas, estradas ou hospitais. Eles vão usá-lo para financiar à sua máquina de terror em todo o mundo e a sua máquina trabalha actualmente para conquistar o Médio Oriente", declarou.

 

Um dos grandes receios de Israel é um Irão que, além de apelar a "apagar Israel do mapa", apoia os inimigos que rodeiam o país: a Síria, os movimentos xiita Hezbollah no Líbano e Hamas na faixa de Gaza. "Isso vai desencadear uma corrida às armas com os Estados sunitas", como a Arábia Saudita, rival regional do Irão, alertou Netanyahu. 

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