Jorge Moreira da Silva ganhou protagonismo no PSD. E agora ganha protagonismo no Governo. Jorge Moreira da Silva assume a pasta do Ambiente e Ordenamento do Território, que deixam de estar sob tutela de Assunção Cristas, mas ganha também a pasta da Energia, que sempre esteve no ministério da Economia.

Licenciado em engenharia electrotécnica, da área de Energia, pela Universidade do Porto, tem ainda uma pós-graduação em Alta Direcção de Empresas pela AESE/IESE Business School – Universidade de Navarra. Tem sido consultor na área do ambiente e energia.

A governação não é uma área nova, já que foi entre 2003 e 2005 secretário de estado da Ciência e Ensino Superior e também na sua "área" de ambiente e Ordenamento do território.

Há muito tempo que Moreira da Silva aperece ligado ao ambiente e energia. Um ano depois de sair de secretário de Estado foi convidado para consultor do Presidente da República para a ciência, ambiente e energia. E até 2009 foi também consultor do BEI na área da biodiversidade e conselheiro de Durão Barroso para as negociações internacionais sobre o regime climático pós-2012.

Desde Janeiro deste ano presidia ao grupo de trabalho do Partido Popular Europeu para a Energia e alterações climáticas. De 2009 a 2012 foi ainda director do programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em Nova Iorque na área de economia da energia e das alterações climáticas. 

Também foi eurodeputado entre 1999 e 2003.

Mas nunca perdeu a ligação ao PSD. Entre 1995 e 1998 foi presidente da JSD, cargo que no início dessa década tinha sido ocupado por Passos Coelho que agora o transporta para o Governo. É vice-presidente do PSD desde Abril de 2010 e foi eleito primeiro vice-presidente e coordenador da Comissão Permanente da Comissão Política Nacional do PSD. Foi o negociador-líder pelo PSD nas reuniões inter-partidárias com PS e CDS.

Aliás também o negociador do CDS ganhou poder nesta remodelação, ficando além da segurança social com a pasta do emprego. 

Moreira da Silva foi, em 2012, aos encontros Bilderberg, dos quais se diz que passam os futuros governantes.