Notícia
Não há "fundamento algum" para congresso do PS
António Costa quer realizar um congresso extraordinário, antecedido de eleições directas, para poder disputar a liderança do PS com António José Seguro.
A Comissão Nacional de Jurisdição do PS considera que o requerimento apresentado para a realização de um congresso extraordinário, antecedido de eleições directas, "não pode ser aceite", porque "não faz sentido" convocar uma reunião magna extraordinária para eleger novos órgãos "sem que, previamente, ocorresse a demissão dos titulares ou a vacatura dos cargos".
O documento, a que o Negócios teve acesso, representa a interpretação que este órgão faz dos estatutos do partido e que indicam que, se Seguro não se demitir, não é possível marcar um congresso extraordinário. A decisão cabe, contudo, à presidente do partido, Maria de Belém Roseira. Na terça-feira, a presidente do partido disse à Renascença que ainda não tinha decidido se ia convocar o congresso ou não.
O requerimento para a convocação do congresso extraordinário e de eleições directas foi enviado não deu "fundamentação alguma para a necessidade da convocação de um congresso extraordinário", pelo que "não pode ser aceite".
Aliás, mesmo que se decidisse marcar um congresso extraordinário com os actuais titulares dos cargos "em pleno e legítimo exercício do seu mandato", isso "ofenderia os princípios da Organização e Gestão Democrática", pelo que "seriam puramente emulativas as deliberações" que viessem a ser tomadas.
António Costa quer realizar um congresso extraordinário, antecedido de eleições directas, para poder disputar a liderança do PS com António José Seguro. Porém, o actual líder rejeitou essa proposta e decidiu marcar eleições primárias para 28 de Setembro para decidir quem será candidato a primeiro-ministro.