Notícia
Mortágua acusa IL de querer "dar cheques ao privado", Rocha cola BE ao PS
A habitação foi um dos temas em que o tom do debate subiu, com Rui Rocha a criticar a abordagem do BE de que o problema está nos não residentes.
15 de Fevereiro de 2024 às 20:16
Habitação, impostos e saúde marcaram as diferenças entre BE e IL, num debate em que Mariana Mortágua acusou os liberais de quererem "dar cheques ao privado" e Rui Rocha corresponsabilizou os bloquistas pelos erros atribuídos à governação socialista.
O debate eleitoral, transmitido pela CNN, opôs o presidente da IL, Rui Rocha, à coordenadora do BE, Mariana Mortágua, e deixou claras as diferenças entre as propostas dos dois partidos, que não estiveram em acordo sobre nenhum dos assuntos levados à discussão e trocaram acusações sobre os resultados negativos que as suas medidas trariam ao país.
Rui Rocha recordou o apoio do BE ao PS durante o período da geringonça para acusar o partido de Mariana Mortágua de ser "corresponsável deste caminho que foi feito" e avisou os portugueses que, "com o BE, aquilo que aconteceu até hoje continuará a acontecer" agora "apoiando Pedro Nuno Santos", o novo líder socialista.
"É preciso mudar o país. Olhamos para o programa do Bloco de Esquerda e não encontramos lá nada sobre crescimento", acusou o liberal, ouvindo de imediato um "encontra, encontra" de Mortágua.
Já a líder bloquista afirmou que a IL "tudo o que diz ao país é que quer dar cheques ao privado".
"Eu quero um país em que os jovens queiram viver porque têm salários, em que sabem que a vida não é uma competição permanente", defendeu, considerando que aquilo que o mercado dos liberais "deixou em Portugal foi uma economia de baixos salários".
A habitação foi um dos temas em que o tom do debate subiu, com Rui Rocha a criticar a abordagem do BE de que o problema está nos não residentes e a considerar que as medidas e políticas dos bloquistas "nesta matéria são inviáveis", para além de dizer que não percebe as contas que foram feitas pelo partido de Mortágua.
Na resposta, a líder do BE defendeu que "o mercado a funcionar" trouxe um "salário que não paga uma casa" e acusou a IL de querer "mais do mesmo", considerando que não há nenhuma regra que impeça as construtoras de construírem casas e que isso só não acontece porque estas empresas encontraram formas mais rentáveis, como o luxo, sendo isto "o mercado da IL a funcionar".
Quando o debate chegou às matérias fiscais, IL e BE mantiveram-se em polos opostos e em desacordo.
O líder da IL questionou a coordenadora bloquista sobre como seria pago o controlo público de empresas estratégicas proposto no seu programa eleitoral já que ou a "Mariana Mortágua não quer pagar o justo valor ou quer pagar e vai precisar do dinheiro dos contribuintes".
Na resposta, Mortágua assegurou que estas propostas representam "menos de metade do que a borla que a IL quer dar no IRC à banca".
O liberal justificou que a proposta da redução da taxa de IRC é para que "o investimento em Portugal cresça" e para que as "empresas grandes se fixem" no país, apresentando-se como o "partido das pequenas empresas, dos pequenos negócios, das médias empresas, dos profissionais liberais".
Na resposta, a bloquista, depois daquilo que apelidou como "pequeno momento de propaganda e comício", referiu que a proposta da IL para o IRS "é inconstitucional".
"Há quatro presidentes de quatro empresas - e isto a IL nunca coloca nos seus cartazes - que em conjunto ganham um salário anual oito milhões de euros e a quem a IL quer oferecer 2,4 milhões de euros de borla fiscal com a sua proposta", criticou, questionando se é isto que os liberais entendem por "portugueses de trabalho árduo".
O debate eleitoral, transmitido pela CNN, opôs o presidente da IL, Rui Rocha, à coordenadora do BE, Mariana Mortágua, e deixou claras as diferenças entre as propostas dos dois partidos, que não estiveram em acordo sobre nenhum dos assuntos levados à discussão e trocaram acusações sobre os resultados negativos que as suas medidas trariam ao país.
"É preciso mudar o país. Olhamos para o programa do Bloco de Esquerda e não encontramos lá nada sobre crescimento", acusou o liberal, ouvindo de imediato um "encontra, encontra" de Mortágua.
Já a líder bloquista afirmou que a IL "tudo o que diz ao país é que quer dar cheques ao privado".
"Eu quero um país em que os jovens queiram viver porque têm salários, em que sabem que a vida não é uma competição permanente", defendeu, considerando que aquilo que o mercado dos liberais "deixou em Portugal foi uma economia de baixos salários".
A habitação foi um dos temas em que o tom do debate subiu, com Rui Rocha a criticar a abordagem do BE de que o problema está nos não residentes e a considerar que as medidas e políticas dos bloquistas "nesta matéria são inviáveis", para além de dizer que não percebe as contas que foram feitas pelo partido de Mortágua.
Na resposta, a líder do BE defendeu que "o mercado a funcionar" trouxe um "salário que não paga uma casa" e acusou a IL de querer "mais do mesmo", considerando que não há nenhuma regra que impeça as construtoras de construírem casas e que isso só não acontece porque estas empresas encontraram formas mais rentáveis, como o luxo, sendo isto "o mercado da IL a funcionar".
Quando o debate chegou às matérias fiscais, IL e BE mantiveram-se em polos opostos e em desacordo.
O líder da IL questionou a coordenadora bloquista sobre como seria pago o controlo público de empresas estratégicas proposto no seu programa eleitoral já que ou a "Mariana Mortágua não quer pagar o justo valor ou quer pagar e vai precisar do dinheiro dos contribuintes".
Na resposta, Mortágua assegurou que estas propostas representam "menos de metade do que a borla que a IL quer dar no IRC à banca".
O liberal justificou que a proposta da redução da taxa de IRC é para que "o investimento em Portugal cresça" e para que as "empresas grandes se fixem" no país, apresentando-se como o "partido das pequenas empresas, dos pequenos negócios, das médias empresas, dos profissionais liberais".
Na resposta, a bloquista, depois daquilo que apelidou como "pequeno momento de propaganda e comício", referiu que a proposta da IL para o IRS "é inconstitucional".
"Há quatro presidentes de quatro empresas - e isto a IL nunca coloca nos seus cartazes - que em conjunto ganham um salário anual oito milhões de euros e a quem a IL quer oferecer 2,4 milhões de euros de borla fiscal com a sua proposta", criticou, questionando se é isto que os liberais entendem por "portugueses de trabalho árduo".