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Montenegro promete vouchers a utentes quando prazos na saúde não forem cumpridos

A medida faz parte do plano de emergência para a saúde que o líder do PSD apresentou esta sexta-feira durante a convenção da Aliança Democrática.

Luís Montenegro na convenção da AD
Bruno Colaço
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Dos jovens aos pensionistas, Luís Montenegro recordou este domingo as propostas do PSD para diferentes setores durante a convenção da Aliança Democrática (AD), mas guardou uma novidade: um plano de emergência para a saúde, que já tinha aflorado, mas agora concretizou em maior pormenor.
 
Garantiu "solenemente" que será aprovado nos primeiros 60 dias de um Governo da AD e executado em 2024 e 2025.

Entre as medidas prometidas para acabar com a situação "insustentável" no serviço nacional de saúde está a atribuição de um voucher que os utentes podem usar no setor privado, quando o público não consegue garantir os cuidados necessário dentro do prazo. "Vamos atribuir automaticamente um voucher de consulta ou cirurgia sempre que se atinja o tempo máximo de resposta garantida. Ou seja, sempre que esse tempo, que está definido, for ultrapassado 1 hora o utente recebe um voucher para escolher o prestador de serviço ir à procura da resposta que o Estado não conseguiu garantir", disse.

Para garantir uma "resposta de saúde familiar a todos os utentes de Portugal", Montenegro prometeu ainda recorrer a profissionais aposentados e ao setor privado e social para garantir que todos têm acesso a um enfermeiro e médico de família, sublinhando que o objetivo é "assegurar o atendimento no próprio dia quando se trata de doença aguda".

O líder do PSD recordou algumas as propostas para os pensionistas, com quem disse querer "reconciliar-se", voltando a definir um plano de aumento das pensões em duas fases, no prazo de duas legislaturas, elevando primeiro o valor de referência do complemento social para 820 e depois equiparando-as ao salário mínimo.

Falou também sobre os jovens prometendo "não falhar aos filhos de Portugal". "Portugal falhará enquanto nação se não dermos rapidamente aos jovens melhores oportunidades de trabalho, melhores salários, e o orgulho no nosso país que os vai fazer ficar cá. Temos de parar a fuga do nosso talento para o estrangeiro", disse.

"Temos de acabar com este autêntico crime social que é não conseguirmos fixar em Portugal os nossos jovens", continuou, dizendo que a missão da AD é "é juntar as famílias portuguesas" e é por isso que propõem, entre outras medidas, uma taxa máxima de 15% de IRS para os jovens até aos 35 anos.


PS quer "amarrar" portugueses "aos subsídios e às ajudas"

Baixar os impostos é "fundamental" para Montenegro, que propôs a isenção de contribuições e impostos sobre os prémios de desempenho até ao limite de um vencimento mensal para fazer vingar a ideia "de que o mérito é premiado". Também o IRC deve ser reduzido como forma de "dar instrumentos às empresas para que elas possam inovar, arriscar, produzir, ganhar na competição do mercado e possam pagar melhores salarios".

Foi aqui que o líder o PSD se lançou contra o PS, dizendo que o partido "e o seu candidato", quer "subtrair às pessoas, às famílias e às empresas o máximo de impostos". "Mas querem fazer isso para quê? Para depois as amarrarem aos subsídios e às ajudas. Empobrecer para enfraquecer, enfraquecer para amarrar, amarrar para perpetuar. Este é o esquema do socialismo português da atualidade", atirou.


Não tirando o PS da mira, Montenegro prometeu um "seriedade, competência e sentido de responsabilidade" em oposição a "um dos governos mais incompetentes que tivemos em Portugal", que "ruiu por dentro" e se "auto-destruiu".

"Que futuro podemos esperar de quem governa com o objetivo inconfessado de apenas perpetuar o seu partido no poder? De quem diz querer fazer hoje o que não fez ou não quis fazer nos últimos oito anos? Não é credível", sentenciou.

 

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