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Mil diplomatas dos EUA assinam carta contra veto de Trump à imigração muçulmana

Cerca de mil diplomatas norte-americanos assinaram um documento, apresentado na terça-feira no Departamento de Estado, para protestar contra o veto temporal imposto por Donald Trump à entrada de pessoas provenientes de sete Estados de maioria muçulmana.

Tudo começou numa noite de Inverno no estado norte-americano do Iowa. Mais precisamente, a 1 de Fevereiro, quando foi dado o pontapé de saída na corrida à presidência dos Estados Unidos. Debaixo dos holofotes estavam dois candidatos improváveis: do lado democrata, Bernie Sanders, associado a políticas de esquerda pouco comuns nos EUA; e Donald Trump, um milionário, estrela de televisão, do lado republicano. Trump perderia no Iowa, mas estavam criadas as bases do maior choque político de 2016.
Reuters
01 de Fevereiro de 2017 às 01:04
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"O Departamento de Estado pode confirmar que recebemos em 31 de Janeiro o texto que expressa a desconformidade" dos diplomatas, disse à agência noticiosa Efe fonte desta estrutura governamental, sob anonimato.

 

Esta fonte não quis especificar o número de assinantes "para poder respeitar o processo que permite" aos funcionários do Departamento "expressar as suas preocupações" no chamado canal de divergências", estabelecido para registar as opiniões contrárias em relação a políticas definidas.

 

Porém, vários órgãos de comunicação adiantaram que o documento recolheu cerca de mil assinaturas de diplomatas, colocados em todo o mundo, uma quantidade muito superior à média dos últimos anos.

 

Este canal existe desde o tempo da guerra do Vietname (1955-1975) para que as altas esferas da diplomacia norte-americana possam exprimir as suas opiniões sem recearem represálias. Os documentos ali recebidos devem receber uma resposta oficial entre 30 a 60 dias.

 

Apesar desta velha tradição, o porta-voz da Casa Blanca, Sean Spicer, criticou, de forma dura, os que assinaram o documento, declarando que "devem aceitar o programa ou saírem" dos postos no governo. 

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