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Marques Mendes: Pagamentos a Pinho revelam “como Ricardo Salgado trabalhava”

Marques Mendes considera que os pagamentos que Ricardo Salgado terá feito a Manuel Pinho são ilustrativos sobre a forma de actuar do ex-presidente do BES, que através deste tipo de acções controlava tudo.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios jng@negocios.pt 22 de Abril de 2018 às 21:21

Marques Mendes admite que Ricardo Salgado possa nunca ter pedido nada de especial a Manuel Pinho, enquanto este desempenhou as funções de ministro da Economia. Mas os pagamentos que lhe fazia deixaram Pinho "na dependência" do presidente do BES. Fazendo com que todas as decisões de Manuel Pinho fiquem sob suspeita. Este caso, defende o comentador político, "mina a credibilidade da classe política" como um todo.

 

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES foi constituído arguido no caso EDP. Em causa estão suspeitas de ter feito pagamentos a Manuel Pinho, enquanto este último era ministro da Economia.

 

O Ministério Público defende que Ricardo Salgado fez uma transferência de 500 mil euros para uma offshore de Manuel Pinho. E suspeita que em troca tenham sido concedidos benefícios superiores 1,2 mil milhões de euros à EDP. Os procuradores alegam que tal montante terá servido como contrapartida para Pinho beneficiar o Grupo Espírito Santo, adianta a revista Sábado.

 

Luís Marques Mendes considera que este caso é revelador sobre "forma como Ricardo Salgado trabalhava". E admitindo que o ex-presidente do BES não tenha sequer pedido nada em concreto ao então ministro da Economia – que também fez parte do GES – diz que "não precisava, porque lhe pagava". Manuel Pinho ficou assim dependente de Salgado, que com este tipo de acções controlava, influenciava e condicionava, salienta o comentador no seu comentário semanal na SIC.

 

"Não sei se este é um caso de corrupção judicial. Mas é, pelo menos, um caso de corrupção moral", acrescentou.

 

Mas este caso vai além de Ricardo Salgado ou de Manuel Pinho. Este caso "mina a credibilidade da classe política" como um todo. Isto porque há sempre tendência para se generalizar. "É fatal para a credibilidade dos políticos."

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