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Marques Mendes diz que Santana Lopes “quer fazer parte da futura coligação de centro-direita”
Luís Marques Mendes defendeu este domingo, 5 de Agosto, no seu habitual comentário na SIC, que a decisão de Santana Lopes de sair do PSD não é boa nem para o partido nem para o próprio. "Ambos vão perder", sinalizou.
"No imediato, perde o PSD. Primeiro, porque há 40 anos que não tem uma cisão e uma cisão é sempre uma cisão; depois, porque vai perder alguns votos. E, por pouco que seja (2%, 3% ou 4%), é mau para um partido que já só tem 27% nas sondagens", explicou.
Marques Mendes não acredita no sucesso do novo partido de Santana Lopes, que deverá atrair mais curiosidade do que apoio popular.
"No curto e médio prazo é má para Santana Lopes. Não acredito que o seu partido tenha grande sucesso. Pode tirar alguns votos ao PSD e também ao CDS. Mas, no final, acho que o seu novo partido vai suscitar mais curiosidade que apoio popular", avançou o comentador político.
O antigo líder do PSD acredita que o grande objectivo de Santana Lopes é fazer parte de uma futura coligação de centro-direita, e que a sua prioridade vão ser as eleições europeias.
"O grande objectivo é tentar que o seu novo partido venha a fazer parte da futura coligação de centro-direita que há-de, um dia, chegar ao poder. Em vez de ser uma coligação PSD/CDS, o que Santana quer é que seja PSD/CDS/Partido de Santana Lopes. Este é o seu grande objectivo. É por isso que sai do PSD e forma um novo partido", afirmou Marques Mendes.
E acrescentou: "A prioridade vão ser as eleições europeias. É aí que Santana Lopes quer ter a primeira grande afirmação. Por isso, há-de apresentar-se seguramente como: um partido muito anti-europeu; muito nacionalista; com uma grande dose de populismo; virado para tentar capitalizar descontentamentos, internos e externos".
Segundo uma sondagem da Aximage para o Jornal de Negócios, o novo partido liberal de Pedro Santana Lopes ameaça tirar eleitores ao PSD do qual decidiu desvincular-se, mas também ao CDS e ao Bloco de Esquerda (BE),
Quase um quarto dos inquiridos (24,4%) não afasta, à partida, a hipótese de pôr a cruz do boletim de voto na nova formação política de Santana Lopes, caso fosse às próximas eleições legislativas de 2019.