Não é a primeira vez que o nome de Marina Berlusconi, filha mais velha de Silvio Berlusconi e presidente do grupo editorial Mondadori, aparece como provável sucessora do pai também na frente política. Mas essa hipótese terá ganho consistência com a provável retirada de cena de Berlusconi, na sequência da condenação desta semana (ainda passível de duas fases de recurso) a sete anos de prisão e inabilitação permanente para o exercício de cargos públicos por ter mantido relações sexuais com uma menor.

Segundo o Corriere della Sera, um número expressivo de membros do Povo da Liberdade (PDL) considera que Marina Berlusconi deveria candidatar-se a assumir o lugar do pai. Alguns membros do partido dizem tratar-se de uma mulher “preparada e corajosa”, “digna sucessora de Silvio", apelidando-a de "Renzi do centro", referindo-se a Matteo Renzi, jovem presidente da câmara de Florença que se especula poderá ser, no futuro, o líder do centro-esquerda.

O jornal “La Stampa” escreve, contudo, que Marina não vai entrar na política porque tem de  "salvar as contas do grupo da família", Fininvest, que fechou 2012 com perdas da ordem de 200 milhões de euros.