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Maria Luís Albuquerque: "Não equaciono" ser líder do PSD

Maria Luís Albuquerque rejeita o cenário de liderar o PSD, considerando que este cargo é "ainda pior do que ser ministra das Finanças". Numa entrevista ao jornal Sol, a responsável diz ver o seu futuro em funções técnicas e admite que ter a pasta das Finanças "foi um acidente de percurso."

Bruno Simão/Negócios
Negócios 02 de Abril de 2015 às 09:42
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Questionada sobre como vê o seu futuro Maria Luís Albuquerque diz não saber o que vai fazer depois de sair do Governo, qualificando o seu papel como ministra das Finanças como uma "missão". E adianta que o cargo que ocupa "não resulta de uma estratégia planeada". Maria Luís Albuquerque diz mesmo que ser ministra das Finanças "foi um acidente de percurso."

 

Quanto a ser líder do PSD, Maria Luís rejeita esse cenário em entrevista ao jornal Sol. "É uma coisa que não equaciono de todo. De todo. Ainda consegue ser pior do que ser ministro da Finanças!" "Não é algo que eu ambicione, de todo."

 

Quanto a possíveis alívios fiscais, a ministra não se quis comprometer. "O alívio fiscal é algo que ambicionamos todos. Não é uma matéria que separe o PSD e o CDS. Todos nós achamos que os impostos estão demasiado elevados e que devemos trabalhar para os baixar". Contudo, as exigências orçamentais levam a que o Executivo tenha de "tomar decisões da parte da despesa para que o alívio fiscal seja possível". Ainda que diga que a "margem vai ser sempre curta nos próximos anos."

 

Sobre a devolução dos cortes de salários implementados na Função Pública, a ministra recusa pronunciar-se considerando que ainda é cedo para avaliar a forma como serão devolvidos estes cortes e quando.

 

Maria Luís Albuquerque espera que a discussão eleitoral tenha por base "as propostas e a visão" que cada um tem para o futuro do país e não polémicas ou casos judiciais como o de Sócrates.

 

A ministra das Finanças não exclui a possibilidade de o próximo Governo ser minoritário e desdramatiza esse cenário. "O país encontrará uma forma de ser governável – e, esperamos também, de ser bem governável."

 

E diz que "voltaria a dizer" que Portugal tem os cofres cheios, ainda que admita que a "frase retirada do contexto" induza em erro. "A minha ideia foi explicar as razões do aumento da dívida a que temos vindo a assistir."


Questionada sobre se tinha pedido ao ministro das Finanças alemão para que tivesse punho forte com a Grécia, Maria Luís Albuquerque disse apenas: "Acho extraordinário que se pense que tenho essa influência sobre a Alemanha."

 

E com o aproximar da campanha eleitoral, Maria Luís Albuquerque disse esperar "que as eleições se ganhem dizendo aos portugueses aquilo que efectivamente tencionamos fazer. O panorama que temos pela frente é muito melhor do que o que tínhamos há quatro anos. Mas há ainda muitos desafios pela frente."

 

Maria Luís Albuquerque admite que na campanha para as eleições legislativas que vão decorrer este ano se vá falar de dificuldades e que espera que os portugueses percebam e que "tenham percebido as causas da crise que vivemos", mas "em qualquer caso, é uma questão de honestidade"

 

Sobre o BES, a ministra reitera que a resolução "foi a melhor solução". "A decisão do Banco de Portugal foi a melhor solução para um problema de grandes dimensões", acrescentou. "Foi preciso uma pessoa muito corajosa para tomar a decisões que se tomou" em relação ao BES.

 

Em relação às promessas feitas por Carlos César, presidente do PS, aos lesados do papel comercial do BES, Maria Luís Albuquerque considera "muito perigoso", uma vez que há questões legais. Além disso, "devemos ter muito cuidados nas afirmações que fazemos para evitar consequências indesejadas para todos, incluindo o próprio Estado, que são os contribuintes."

 

Sobre a lista VIP do Fisco, Maria Luís Albuquerque diz que espera pelos resultados do inquérito para se saber o que é que aconteceu e avaliar o que será preciso fazer.

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