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Marcelo: "Nenhum Presidente da República passa cheques em branco ao Governo"

Na apresentação de cumprimentos do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa disse, no entanto, que não deve haver "preconceito" em relação a nenhum Executivo e desejou "sucesso" na actuação dos órgãos de soberania.

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23 de Março de 2016 às 13:47
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Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que não deve haver "preconceito" do Chefe de Estado em relação ao Governo, mas admitiu que o Presidente da República não passa "cheques em branco" a nenhum Executivo.

"Nenhum Presidente da República passa cheques em branco a nenhum Governo. Mas nenhum Presidente da República deve ter preconceito em relação a nenhum Governo", afirmou Marcelo perante o primeiro-ministro António Costa esta quarta-feira, 23 de Março, durante a apresentação de cumprimentos do Executivo ao Chefe de Estado, no Palácio de Belém em Lisboa.
 

Marcelo reforçou que acompanhará de forma "atenta e vigilante a acção do governo, e sem preconceito", desejando o "êxito" da governação "num momento em que se impõe desdramatização". O Presidente disse esperar que a "postura já vivida com o Professor Cavaco Silva, de cooperação, correcção e lealdade institucional (...) se mantenha ao longo do mandato agora iniciado". O Presidente tomou posse no passado dia 9 de Março.

Antes, já António Costa se tinha dirigido a Marcelo, prometendo-lhe "cooperação e lealdade por parte do 21.º Governo Constitucional" e tratando-o como "nosso Presidente da República nos próximos cinco anos", realçando a confiança nele depositada pelos "cidadãos portugueses".

O Presidente voltou ainda a referir-se aos ataques desta terça-feira em Bruxelas - que mataram mais de 30 pessoas e feriram mais de 200 - dizendo que a importância de cooperação se reforça com as circunstâncias internacionais e que a melhor forma de reagir é "apegar-nos aos nosso valores".

A esse propósito, evocou a presença no 10 de Junho com António Costa em Paris para as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades como um "sinal de que não vacilamos, não temos medo, não nos intimidamos com as actuações daqueles que não prezam a liberdade e a tolerância". A capital francesa foi palco de atentados em Janeiro e Novembro do ano passado.

O Presidente da República defendeu ainda a intervenção dos órgãos de soberania para garantir a estabilidade do sistema financeiro e realçou a necessidade de cumprir o princípio da independência nacional previsto na Constituição.

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