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Marcelo mantém popularidade mais baixa desde que chegou a Belém

A mais recente sondagem da Aximage dá 17 valores ao mandato do Presidente da República. Apesar da nota elevada, é a pior avaliação desde que assumiu o cargo.

Tiago Petinga/Lusa
19 de Novembro de 2018 às 07:15
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Habituado durante largos anos a dar notas a alunos e políticos, hoje é Marcelo Rebelo de Sousa quem é avaliado pelo conjunto dos portugueses. Numa classificação de zero a 20, os inquiridos na sondagem de Novembro da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã atribuíram uma nota de 17 valores ao conjunto do mandato até aqui cumprido pelo Presidente da República.

Mesmo sendo uma nota elevada – que Marcelo raramente atribuía enquanto professor universitário de Direito –, é a pior avaliação feita a Marcelo Rebelo de Sousa nas sondagens da Aximage desde a sua chegada a Belém. Uma nota registada pelo segundo mês consecutivo.

Também no que toca à avaliação feita pelos entrevistados pela Aximage à actuação de Marcelo no último mês, verifica-se uma ligeira degradação. Para 79,4 dos inquiridos, Marcelo actuou "bem" nos últimos 30 dias, enquanto 7,4% consideraram que foi "assim-assim" e 11,8% acham que o Presidente esteve "mal" no último mês.

Tancos. Dois terços acreditam que não sabia da ocultação

Esta deterioração surge numa fase em que o caso Tancos continua a contaminar a vida política portuguesa em geral e a relação entre São Bento e Belém em particular. Num outro estudo levado a cabo este mês pela Aximage, perto de dois terços dos entrevistados disseram acreditar que Marcelo Rebelo de Sousa não teve qualquer conhecimento da alegada ocultação do roubo de armamento da base militar de Tancos.

Contudo, 23,4% consideram que o Presidente da República soube do encobrimento. Pior é a avaliação ao grau de conhecimento de António Costa, já que 52,5% dos entrevistados acreditam que o primeiro-ministro sabia da ocultação.

Tanto Marcelo Rebelo de Sousa como António Costa negam ter tido qualquer informação relacionada com a operação de recuperação do material bélico furtado.
No início do mês e no que foi amplamente interpretado como uma indirecta ao primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que não o vão calar: "Se pensam que me calam, não me calam." O Presidente acrescentaria que quem o quer calar está a tentar criar uma "nebulosa" que poderá impedir que se encontrem todos os responsáveis pelo roubo do armamento.

O primeiro-ministro rejeitou que exista agora um clima negativo na relação com Belém, porém acabou por aconselhar Marcelo a conter a "ansiedade" relativamente à polémica de Tancos.

Esta sondagem da Aximage foi realizada entre os dias  9 e 12 de Novembro com base em 603 entrevistas.



FICHA TÉCNICA
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel. Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 603 entrevistas efectivas: 281 a homens e 322 a mulheres; 59 no Interior Norte, 104 na Área Metropolitana do Porto, 110 no Litoral Centro, 166 na Área Metropolitana de Lisboa e 79 no Sul e Ilhas; 100 em aldeias, 162 em vilas e 341 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral. Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 9 a 12 de Novembro de 2018, com uma taxa de resposta de 76,9%. Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 603 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%). Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

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