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Marcelo fala em "esperança" e "compasso de espera" recusando "volta atrás" no desconfinamento

Em relação às novas medidas restritivas aplicadas em vários concelhos, o Presidente continua a recusar uma "volta atrás" no desconfinamento e prefere chamar-lhe "compasso de espera". Já as declarações de Ferro Rodrigues têm que ser lidas à luz "do respeito pelas regras sanitárias".

José Coelho / Lusa
24 de Junho de 2021 às 17:21
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O Presidente da República mostrou-se otimista em relação à pandemia e considera que "temos um panorama muito semelhante ao das últimas semanas". Ainda assim, as medidas restritivas nada mais são do que "um compasso de espera" no desconfinamento, recusando ainda a ideia de um recuo.

"O que penso é que neste processo há momentos de paragem pontuais e apesar de tudo o país não é só Lisboa nem os 22 concelhos mais afetados. Há um caminho que está a ser feito com altos e baixos pontuais, mas os números continuam a oferecer razões para esperança face ao número de mortos, internamentos e das unidades de cuidados intensivos", disse esta quinta-feira Marcelo Rebelo de Sousa em Guimarães à margem das celebrações do feriado municipal. "Não há razão para alarmismos generalizados", rematou ainda recusando a ideia de volta atrás no desconfinamento.

No dia 13, durante uma visita à Feira da Agricultura de Santarém, Marcelo afirmava em relação às medidas restritivas que "já não voltamos para trás" e que "naquilo que depender do Presidente da República não se volta atrás" no plano de desconfinamento. No dia seguinte, António Costa reagia afirmando que ninguém, nem mesmo o chefe de Estado, podia garantir que não haveria recuos.

Aos olhos do presidente, o quadro atual "significa um confinamento mais moderado do que o que existiu quando havia recolher obrigatório e um regime mais duro aos fins-de-semana na expectativa de que estas medidas permitam não haver uma maior elevação do número de casos e manter-se a situação estável em número de mortos, internamentos e nas unidades de cuidados intensivos".

Com isso em mente, Marcelo considera que o passo hoje tomado em relação à restituição da circulação para fora e dentro da área metropolitana de Lisboa (AML) mediante apresentação de um certificado digital é "um passo importante" à "procura de um equilíbrio". As restantes "são medidas já esperadas" tendo em conta os dados epidemiológicos apresentados ao longo dos últimos dias que, no entanto, "oferecem razões para esperança".

 

Querendo, podem ir a Sevilha
Quanto às declarações de Ferro Rodrigues, Marcelo considera que "o que o Presidente da Assembleia da República disse foi que os que podem e querem ir [a Sevilha apoiar a seleção nacional], dentro do respeito pelas regras sanitárias, podem ir", acrescentando que, no caso dos adeptos algarvios, a situação pandémica está "razoavelmente controlada", "tirando Albufeira".

O próprio presidente da República admite que só vai "se o morador comum em Lisboa puder ir".

Ontem, após o final da partida com a França, Ferro Rodrigues deixou uma mensagem aos portugueses, a quem apelou "que se desloquem de forma massiva" para Sevilha como forma de apoiar a seleção nacional de futebol. E confirmou ainda a sua presença na partida frente à Bélgica.

As declarações foram vistas com alguma preocupação face à situação pandémica que o país atravessa.

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