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Costa reafirma "total sintonia" com Marcelo em relação ao desconfinamento
O primeiro-ministro tentou mais uma vez terminar a polémica e afirmou que está do mesmo lado que o Presidente - o lado da seleção.
António Costa reforçou hoje a "total sintonia" com Marcelo Rebelo de Sousa e pôs fim à polémica em torno do retrocesso do desconfinamento no país.
Em conferência de imprensa a propósito da aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência, o primeiro ministro transmitiu aos jornalistas que "como é habitual o primeiro-ministro e o Presidente da República estão totalmente sintonizados e, naturalmente, em torno da seleção portuguesa".
Já na terça-feira, antes do Portugal-Hungria, Marcelo recusou comentar a polémica dizendo que era "dia de futebol".
O assunto foi levantado no domingo quando Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações na Feira da Agricultura de Santarém, referia que "comigo não vai haver volta atrás no desconfinamento". António Costa reagiu e afirmou que isso "nem o Presidente o podia garantir" remetendo para as linhas vermelhas avançadas pelo Governo.
Lisboa igual aos outros
Quanto a essas linhas vermelhas, e apesar da situação pandémica em Lisboa ter vindo a piorar, o primeiro-ministro aprovou para relembrar que "todos os concelhos são iguais e Lisboa não é diferente".
O número de casos tem vindo a aumentar na região de Lisboa e Vale do Tejo que, tem visto aumentar o índice de transmissibilidade do vírus e a incidência. Face à evolução dos números, e caso continue, o Governo não descarta a hipótese de fazer recuar a capital no processo de desconfinamento.
"Construímos uma matriz que tem dois indicadores fundamentais e é em função dessas variações que vamos aplicando as medidas previstas", explicou o primeiro-ministro acrescentando que Lisboa "terá exatamente o mesmo tratamento dos outros concelhos".
O concelho de Lisboa fez parte de um grupo de quatro que no 11 de junho não avançaram no desconfinamento por causa dos indicadores pandémicos. Mantiveram-se assim em vigor medidas como a obrigatoriedade do teletrabalho, o encerramento dos restaurantes pelas 22:30 ou a lotação limitada dos transportes públicos.