O Presidente da República vai convocar reuniões do Conselho Superior de Defesa e do Conselho de Estado para o próximo dia 21, avançou o Expresso, uma informação que foi confirmada pelo Negócios junto de fonte oficial do Palácio de Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa,
citado pela RTP, disse entretanto que em agenda estarão "vários temas políticos e militares que estavam já na agenda anterior, no caso do Conselho Superior de Defesa Nacional. E é essencialmente a situação económica e financeira internacional e nacional, no Conselho de Estado".
O Chefe de Estado adianta que as reuniões deviam ter-se realizado em Junho, mas que "por razões óbvias" passaram para Julho. "E depois haverá a seguir ao Verão e até ao fim do ano mais duas", acrescentou.
Na página oficial da Presidência da República não consta ainda informação sobre os dois encontros.
O Expresso referia que a reunião daqueles dois órgãos debruçar-se-á sobre a segurança do Estado, numa altura em que tem sido questionado o papel das autoridades públicas e do Governo nas mortes causadas pelos incêndios no centro do país e do roubo de armamento de Tancos.
O Presidente da República defendeu ser necessário apurar "tudo, de alto a baixo, até ao fim, doa a quem doer. (...) O que se exige neste caso é "uma investigação total, integral", não "deixando ninguém imune," no que diz respeito aos roubos de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos.
Esta quinta-feira, o Presidente promulgou a lei que cria a comissão técnica independente sobre os incêndios, deixando no entanto reservas sobre o prazo de duração - que considerou longo - e sobre o facto de ser uma experiência "sem precedente jurídico ou político."
A última reunião do Conselho de Estado aconteceu a 31 de Março com "o enquadramento, a evolução e os desafios do comércio internacional," de acordo com o comunicado da Presidência da República divulgado na altura.
O Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu pela última vez a 13 de Março, em encontro ordinário, na Base Aérea N.º1, em Sintra. No encontro foi dado parecer favorável às alterações a introduzir na iniciativa Mar Aberto, no Golfo da Guiné e feito um ponto de situação das operações das forças nacionais destacadas, de acordo com o comunicado publicado na altura.
(Notícia actualizada às 15:05 com mais informação; título alterado para corresponder às afirmações entretanto feitas pelo Presidente da República)