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Finanças atrasam admissões nas Forças Armadas

A tutela da Defesa ainda aguarda luz verde do Ministério tutelado por Mário Centeno para cumprir com o programado para este ano, segundo o DN. O tema volta à agenda depois do assalto ao material militar em Tancos.

Ricardo Ponte
10 de Julho de 2017 às 10:08
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O Ministério das Finanças ainda não autorizou a admissão de 5.650 militares que estavam previstos entrar este ano nas Forças Armadas. Quase 90% deviam ingressar nos regimes de voluntariado e contrato, e os restantes nos quadros permanentes.

 

Segundo escreve o DN esta segunda-feira, 10 de Julho, o quadro de pessoal autorizado para 2017 é inferior em cerca de 700 efectivos ao que tinha sido aprovado em 2014 pelo anterior governo de coligação, liderado por Pedro Passos Coelho, e as chefias militares.

 

Os problemas relacionados com os recursos humanos nas Forças Armadas voltaram à agenda depois do assalto ao Paiol Nacional de Tancos, detectado a 28 de Junho, de onde foi furtado material de guerra. E a responsabilidade deve ser partilhada entre os militares e o poder político. "O dinheiro existe, mas não entram mais pessoas porque os ramos não querem [para fazerem promoções sem aumento da despesa global] e as Finanças também não", criticou uma das fontes anónimas citada pelo jornal.

 

Na sequência do assalto, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, decidiu exonerar os comandantes das cinco unidades responsáveis por alocar efectivos à vigilância dos Paióis Nacionais, até estarem concluídas as investigações internas. Ouvido à porta fechada no Parlamento, o responsável terá assumido falhas e responsabilidade do Exército e defendido o ministro Azeredo Lopes.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, insistiu no sábado, 8 de Julho, que "o importante é apurar tudo de alto a baixo, em todas as circunstâncias, em matérias de facto e responsabilidade". O chefe de Estado, que já convocou o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa para dia 21 de Julho, acrescentou ainda que "é isso que os portugueses têm o direito de saber e é o que importa fazer rapidamente".

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