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Costa perde popularidade após incêndios e Tancos mas não afecta PS
Apesar do momento "horribilis" vivido pelo Governo do PS, a última sondagem da Eurosondagem confirma a tendência de crescimento dos socialistas e de queda dos social-democratas. Já o primeiro-ministro perdeu popularidade.
Numa altura em que o Governo socialista atravessa a fase mais difícil desde que assumiu funções no final de 2015, o PS continua a subir nas intenções de voto. Porém, o primeiro-ministro, António Costa, perdeu popularidade.
A sondagem da Eurosondagem para a SIC e o Expresso divulgada esta sexta-feira, 7 de Julho, mostra que o PS sobe perto de meio ponto percentual para 40,4% das intenções de voto, enquanto o PSD retoma a tendência de queda ao cair 0,4 pontos para 28,6%.
Tendo em conta que o estudo de opinião foi realizado entre os dias 28 de Junho e 5 de Julho, os socialistas parecem assim passar incólumes ao momento "mais difícil" vivido pelo actual Governo, depois da tragédia do incêndio em Pedrógão Grande e do assalto de armamento de guerra feito em Tancos.
Além do PS apenas a CDU (coligação entre PCP e Verdes) sobe (+0,3% para 7,8%) em Julho. Em queda surge o Bloco de Esquerda (os bloquistas cedem ligeiros 0,1 pontos para 8,5%), o CDS (6,2%) e o PAN (1,3%).
Costa perde popularidade e Marcelo é o único a subir
Se o PS consegue ficar ileso à forte pressão que incide sobre o Executivo socialista, em especial sobre a ministra da Administração Interna e sobre o ministro da Defesa, o primeiro-ministro vê o seu índice de popularidade cair 0,6 pontos para um saldo global de 34,2 pontos.
No entanto António Costa - criticado por não demitir os ministros acima citado e por se ter ausentado nesta fase complexa para gozar um período de férias nas ilhas Baleares - não é o único a perder popularidade (perde 0,6 pontos para 34,2 pontos). Para ser preciso, à excepção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (cuja aceitação escalou em Julho para 60,9 pontos), os restantes líderes políticos também viram a sua aceitação cair.
Mas apesar das respectivas quedas, Jerónimo de Sousa, secretário-geral comunista (11,6 pontos), Pedro Passos Coelho, presidente do PSD (10,3 pontos), Assunção Cristas, líder do CDS (7,7 pontos), e Catarina Martins, coordenadora bloquista (3,9 pontos), mantêm avaliações globais positivas.