Quase um ano depois o PSD voltou a subir nas intenções de voto. Porém, os social-democratas voltaram a perder terreno para o PS. De acordo com a sondagem da Eurosondagem para a SIC e o Expresso, divulgada esta sexta-feira, 7 de Abril, em Abril o PS cresceu um ponto percentual para 39,3% das intenções de voto.

Já o PSD subiu meio ponto para 29,3%, o que apesar de representar a primeira subida no barómetro da Eurosondagem do partido liderado por Passos Coelho desde Julho do ano passado, significa que os social-democratas viram a distância para o PS aumentar uma vez mais, fixando-se agora nos 10 pontos percentuais.

Em Abril os dois maiores partidos portugueses foram mesmo os únicos a ver reforçadas as intenções de voto. Relativamente a Março, o Bloco de Esquerda cedeu 0,2 pontos para 9%, a CDU (coligação entre PCP e Verdes) perdeu meio ponto para 7,5%, e o CDS registou mesmo a maior descida, com os centristas a recuarem quase um ponto para 6,4%. Entre as forças com assento parlamentar também o PAN caiu para 1,4% das intenções de voto.

O estudo da Eurosondagem foi realizado entre os dias 30 de Março e 5 de Abril, pelo que poderá já reflectir em certa medida a entrevista concedida, na passada terça-feira, por António Costa, à Rádio Renascença. Entrevista em que o primeiro-ministro admitiu que, mesmo que os socialistas venham a conquistar maioria absoluta nas próximas legislativas, "seria útil" manter os acordos de incidência parlamentar com os partidos da esquerda (BE, PCP e Verdes).

Por outro lado, este barómetro não permite ainda medir os efeitos resultantes da entrevista dada na última noite pelo presidente do PSD à SIC. Passos Coelho garantiu que não se demitirá da liderança social-democrata independentemente do resultado do PSD das autárquicas agendadas para o próximo dia 1 de Outubro, eleições para as quais o partido parte com o objectivo de superar o PS.  

Todos os líderes aumentar níveis de popularidade

De Março para Abril todos os principais líderes políticos viram a respectiva popularidade aumentar. Na dianteira continua o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cujo nível de aceitação cresceu 1,8 pontos para um saldo global positivo de 60 pontos.

António Costa (+1,7 pontos) e Passos Coelho (1,6 pontos) registaram variações idênticas para saldos positivos de 33,5 pontos e 11,9 pontos, respectivamente. Também o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa (+1,4 pontos), e a presidente centrista, Assunção Cristas (+1,5 pontos), tiveram subidas similares para avaliações globais na casa dos 11 pontos. Em último surge a coordenadora bloquista, Catarina Martins, cuja popularidade cresceu ligeiramente para um total de 8,1 pontos.