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Marcelo exonerou elemento do Conselho Superior de Defesa Nacional

O Presidente da República aceitou o pedido de demissão apresentado por José Calçada, secretário do Conselho Superior de Defesa Nacional. Calçada terá entrado em rota de colisão com o Chefe do Estado-Maior do Exército.

11 de Julho de 2017 às 12:38
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Marcelo Rebelo de Sousa exonerou o tenente-general José Calçada do cargo de secretário do Conselho Superior de Defesa Nacional, uma notícia inicialmente avançada, esta terça-feira, 11 de Julho, pelo Diário de Notícias e entretanto também confirmada pelo Negócios junta da Presidência da República. 

No entanto, Belém não revela nenhuma informação adicional nem tece comentários sobre as razões que levaram a esta demissão. Sendo certo que a aceitação do pedido de demissão acontece depois de ontem Marcelo Rebelo de Sousa ter jantado com os quatro chefes militares. 

Entretanto, esta terça-feira decorre, em São Bento a partir das 17:00, uma reunião entre o primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro, o chefe do Estado Maior do Exército, general Rovisco Duarte, o chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Silva Ribeiro, e o chefe de Estado-Maior da Força Aérea, general Manuel Teixeira Rolo.

 

Até aqui comandante do Pessoal do Exército, José Calçada pediu a demissão devido a divergências com o general Rovisco Duarte, após este ter exonerado os cinco comandantes das unidades a cargo da segurança dos paióis de Tancos.

 

Rovisco Duarte demitiu aqueles comandantes na sequência do roubo de material militar guardado em Tancos. Estes operavam na dependência do tenente-general Faria Menezes que, por sua vez, anunciou a demissão da função de comandante operacional do Exército no sábado passado.

 

A agência Lusa recorda que José Calçado apresentou na passada sexta-feira um livro lançado pelo tenente-coronel Tinoco Faria, um dos organizadores de uma manifestação de oficiais do Exército que pretendiam entregar as espadas no Palácio de Belém enquanto forma de protesto contra o poder político e o esquecimento a que tem vetado o sector da Defesa nacional. Contudo, essa manifestação acabou por ser cancelada. 

(Notícia actualizada às 12:57)

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