Notícia
Manuel Vicente implica José Eduardo dos Santos em corrupção na Sonangol
O antigo vice-presidente de Angola e ex-líder da Sonangol entregou a João Lourenço documentos que implicam a participação direta de José Eduardo dos Santos nos casos de corrupção na Sonangol.
24 de Dezembro de 2020 às 08:53
Manuel Vicente, antigo vice-presidente angolano, entregou documentos ao atual presidente do país que vêm lançar suspeitas sobre José Eduardo dos Santos, ex-presidente de Angola. A notícia é avançada esta quinta-feira, 24 de dezembro, pelo Expresso, que dá conta de que os documentos entregues a João Lourenço descrevem a participação de José Eduardo dos Santos em alguns dos maiores negócios que envolvem a Sonangol.
Segundo o semanário, Manuel Vicente, que para além de vice-presidente de Angola foi também presidente da Sonangol, deslocou-se ao palácio presidencial angolano, fazendo-se acompanhar por elementos da petrolífera estatal que relataram as ordens que, alegadamente, terão sido dadas por José Eduardo dos Santos e que terão dado origem a alguns dos maiores casos de corrupção no país.
Entre as operações que terão sido ordenadas por José Eduardo dos Santos, e que agora são denunciadas, estão, por exemplo, pagamentos de Angola ao exterior por via de carregamentos de petróleo, um negócio entre a Sonangol e o CIF - China International Fund (fundo de investimento chinês que está envolvido em casos de corrupção em Angola e na Venezuela), ou a compra de uma frota de aviões Airbus por um consórcio entre a Sonangol e entidades chinesas.
As autoridades angolanas suspeitam que os casos de corrupção através da Sonangol tenham permitido a criação de ativos superiores a 4 mil milhões de dólares, guardados no exterior.
Segundo o semanário, Manuel Vicente, que para além de vice-presidente de Angola foi também presidente da Sonangol, deslocou-se ao palácio presidencial angolano, fazendo-se acompanhar por elementos da petrolífera estatal que relataram as ordens que, alegadamente, terão sido dadas por José Eduardo dos Santos e que terão dado origem a alguns dos maiores casos de corrupção no país.
As autoridades angolanas suspeitam que os casos de corrupção através da Sonangol tenham permitido a criação de ativos superiores a 4 mil milhões de dólares, guardados no exterior.