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Maló de Abreu declarou residência em Angola (apesar de viver em Portugal)

O deputado António Maló de Abreu, cabeça de lista do Chega pelo círculo fora da Europa, alterou a residência declarada ao parlamento, de Coimbra para Luanda, em Angola. Com essa mudança, recebeu cerca de 75 mil euros em subsídios e ajudas de custo, segundo dados oficiais disponibilizados pelos serviços da assembleia.

Bruno Teixeira Pires
25 de Janeiro de 2024 às 10:27
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"Na atual XV Legislatura, sendo eleito pelo círculo de emigração de fora da Europa, reside em Angola/Luanda, conforme certificado de residência emitido pelo Consulado-Geral de Portugal em Luanda. Na anterior legislatura residia no círculo eleitoral pelo qual foi eleito, Coimbra, de acordo com a informação da morada obtida da leitura do cartão de cidadão", confirmou à Sábado fonte oficial do gabinete do secretário-geral da Assembleia da República (AR). 

Desde que alterou a morada para Angola, Maló de Abreu recebeu por trabalho parlamentar com presenças da AR 10.309,31 euros em 2022 (abril a dezembro) e 15.083 euros em 2023. Quanto a trabalho político: 4.304 euros em despesas de deslocação em todo o território nacional, 20.139 euros por despesas de deslocação no círculo fora da Europa (11.176 euros em 2022 e 8.936 euros em 2023) e 23 mil euros por ajudas de custo (6.880 euros em 2022 e 16.123 euros em 2023).

Resumindo, o então deputado do PSD ganhou quase o dobro em ano e meio do que nos três anos de legislatura anterior a residir em Coimbra, onde recebeu 44 mil euros em abonos e ajudas de custo. Além disso, como Maló declarou residir em Luanda, a lei que estabelece os "
princípios gerais de atribuição" de abonos prevê ainda viagens pagas.

Maló de Abreu é hoje o candidato pelo círculo eleitoral fora da Europa do Chega, partido que no último programa eleitoral defendia "a título de exemplo e solidariedade com os portugueses, o corte do salário dos políticos em 15%", além de ter como bandeira "o combate à subsidiodependência".

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