Os franceses votam este domingo a segunda volta das eleições regionais francesas. De acordo com os meios de comunicação social do país, a taxa de participação até às 17:00 já superou a registada em 2010 (43,47%). 

Na primeira volta, realizada no passado domingo, a Frente Nacional de Marine Le Pen ficou à frente dos Republicanos de Nicolas Sarkozy e dos socialistas de François Hollande. A Frente Nacional conseguiu mais de seis milhões de votos, tendo sido a força mais votada em seis das 13 grandes regiões. Marine Le Pen e a sua sobrinha Marion Maréchal Le Pen, conseguiram mesmo superar os 40% nas regiões onde encabeçavam as listas, Norte-Pas-de-Calais e Provence-Alpes-Côte d’Azur, respectivamente.

Todavia, uma sondagem do instituto TNS-Sofres para o Le Figaro, publicada na quarta-feira à noite, aponta para a derrota de ambas as Le Pen contra os candidatos d’Os Republicanos, Xavier Bertrand e Christian Estrosi.

Os dois candidatos do centro-direita beneficiam da desistência dos concorrentes socialistas na segunda volta – para onde passam os partidos com mais de 10% dos votos – que depois de terem ficado na terceira posição naquelas regiões acederam às directivas do primeiro-ministro que apelou à "desistência republicana" para impedir a vitória da extrema-direita.

 

Sarkozy não mostrou simpatia por esta estratégia, que Marine Le Pen considera "injusta". Logo no domingo avisou que não alinharia na disciplina de voto na "frente republicana". O ex-presidente quer vencer as presidenciais marcadas para a Primavera de 2017 e aposta tudo em enfraquecer François Hollande. Tendo ficado à frente em apenas duas regiões, depois de nas últimas eleições ter vencido em todas as regiões menos uma, os socialistas foram os grandes derrotados. Verifica-se ainda que o presidente gaulês não conseguiu materializar os ganhos de popularidade, alcançados após os atentados terroristas de Janeiro e do mês passado, em votos nas urnas.  

 

Para o jornal The Telegraph, este domingo os franceses vão favorecer "a insegurança ou a razão". E vai aferir-se se Le Pen pode, ou não, aspirar chegar ao Eliseu em 2017. 

(Notícia actualizada às 17:27)