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Lukashenko eleito para sexto mandato na Bielorrússia com 80% dos votos

O chefe de Estado cessante da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, foi reeleito para um sexto mandato ao vencer as presidenciais de hoje no país com 79,7% dos votos, segundo as sondagens oficiais feitas à boca das urnas.

Vasily Fedosenko/Reuters
09 de Agosto de 2020 às 19:32
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Segundo a agência noticiosa estatal Belta, a candidata da oposição unificada, Svetlana Tikhanovskaia, terá obtido, segundo as sondagens, 6,8%, resultado muito menor do que os analistas prognosticam.

No entanto, a Comissão Eleitoral da Bielorrússia indicou que várias assembleias de voto, que deveriam ter encerrado às 20:00 locais (18:00 em Lisboa), vão continuar abertas devido à grande afluência de eleitores.

Lukashenko, 65 anos e há 26 anos no poder, procura um sexto mandato nas presidenciais de hoje.

"Espero que a votação termine também sem problemas", disse à televisão pública a presidente da Comissão Eleitoral, Lidia Ermochina, acrescentando que deverá anunciar os resultados oficiais finais da votação de hoje às 02:00 locais de segunda-feira (00:00 em Lisboa).

Entretanto, o Governo bielorrusso destacou várias equipas das forças de segurança para as ruas de Minsk, que bloquearam várias estradas e ruas de acesso ao centro da capital e estão também a posicionar-se junto de edifícios públicos, ao mesmo tempo que surgem apelos na televisão estatal para que as pessoas não saiam de casa.

A intenção é evitar ações de protestos antigovernamentais.

Por outro lado, as comunicações com Minsk estão difíceis desde o fim da tarde de hoje, estando difícil o acesso à Internet, segundo reporta a agência noticiosa France-Presse.

O Governo, liderado por Lukashenko, tem acusado frequentemente a oposição de "provocações" e de pretender orquestrar confrontos, com a ajuda de mercenários russos, tendo 33 deles sido detidos por Minsk em fins de julho.

A oposição e o Kremlin têm negado as acusações.

Centenas de pessoas ainda não conseguiram votar na embaixada da Bielorrússia em Moscovo, e encontram-se ainda alinhadas em grandes filas para exercerem o seu direito, revelam imagens da televisão russa.

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