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Leitão Amaro: “A palavra dada” pelo Governo sucedeu “a palavra desonrada”

“Afinal, há dinheiro e esforço dos contribuintes”, declarou o deputado social-democrata no Parlamento em relação à solução de venda do Novo Banco à Lone Star.

Bruno Simão
05 de Abril de 2017 às 15:50
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O Partido Social Democrata elenca três grandes problemas na operação de alienação do Novo Banco ao fundo americano Lone Star: a venda não é total, os bancos têm a dívida perdoada e há um mecanismo que poderá envolver dinheiro público. 

 

"Há uma venda parcial e com garantias". "Há um perdão de dívida que o Governo das esquerdas fez aos bancos". As palavras são de António Leitão Amaro, deputado do PSD, no plenário desta quarta-feira, 5 de Abril, agendado pelo BE como debate de actualidade para discutir a alienação do Novo Banco.

 

Segundo o PSD, há um perdão de dívida aos bancos com a extensão dos prazos até 2046 para o pagamento do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução no valor de 3,9 mil milhões de euros concedido em Agosto de 2014. 75% do Novo Banco foi vendido à Lone Star, continuando o Fundo de Resolução a ter 25%. Há ainda um mecanismo de capitalização contingente em que o Estado pode ter de cobrir 3,8 mil milhões de euros em activos tóxicos. "Preferir a venda não é aceitar um qualquer negócio. O processo não fica resolvido", declarou Leitão Amaro.

 

"A palavra dada de não envolver mais dinheiro dos contribuintes sucedeu a palavra desonrada pelo Governo, que aceitou financiar, com dinheiro dos contribuintes, a garantia de 3,8 mil milhões de euros. Afinal, há dinheiro e esforço dos contribuintes", sintetizou António Leitão Amaro, criticando ainda que o Executivo está a esconder os custos da solução em cima da mesa.

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