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Miguel Tiago: "Não é verdade que tenhamos de aceitar todas as imposições da UE"
O PCP insiste que a venda do Novo Banco não é a única opção em cima da mesa e que a nacionalização da instituição financeira é a solução que deve ser implementada.
O Partido Comunista Português, que apoia o Governo PS, voltou a contestar o negócio de venda do Novo Banco à Lone Star. Defendendo a nacionalização, Miguel Tiago deixou palavras dirigidas à Europa.
"Não é verdade que tenhamos de aceitar todas as imposições da União Europeia, quando são contrárias ao interesse nacional", declarou o deputado Miguel Tiago no debate de actualidade agendado para esta quarta-feira, 5 de Abril, a pedido do BE.
O PCP defende a nacionalização da instituição financeira herdeira do Banco Espírito Santo e o Governo argumenta que as regras europeias obrigariam, nessa hipótese, a suportar uma capitalização superior a 4 mil milhões de euros. Os comunistas vão propor um projecto de resolução para a manutenção do Novo Banco na esfera pública.
Na sua intervenção, Miguel Tiago deixou considerações negativas sobre a actuação do Governo anterior. "Foi dito aos portugueses que custaria 4,9 mil milhões de euros mas, na verdade, [a opção] sairia mais cara", disse.
Segundo o deputado do PCP, a resolução do BES foi "mal feita", já que devia ter sido feita incluindo os activos do Grupo Espírito Santo (GES).