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Jerónimo de Sousa: "Tudo faremos" para que o Governo do PS dure uma legislatura

O Comité Central do PCP garantiu este domingo que os comunistas vão apoiar um Governo do PS durante quatro anos – mas esse apoio é concedido com reservas. A decisão foi anunciada por Jerónimo de Sousa, que diz que a assinatura do acordo pode estar para breve.

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08 de Novembro de 2015 às 19:10
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António Costa parece ter garantido este domingo o apoio político que reclamava para o Governo que vier a liderar. O PCP compromete-se a apoiar um Executivo socialista durante os quatro anos da legislatura, embora faça depender esse apoio da adopção de políticas com as quais concorde. "Tudo faremos para que seja uma solução duradora com a adopção dessa política que, naturalmente, decorrerá na perspectiva da legislatura", afiançou Jerónimo de Sousa, numa conferência de imprensa ao início da noite, na sede do PCP.

 

O apoio depende, contudo, da adopção de uma política "patriótica e de esquerda", com medidas que correspondam aos interesses dos trabalhadores e do povo e que garantam a "elevação dos seus rendimentos e a reposição dos seus direitos".

 

"Há na Assembleia da República uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar Governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar política que assegure uma solução duradora na perspectiva da legislatura", afirmou Jerónimo de Sousa.

 

O secretário-geral comunista não foi, contudo, completamente taxativo quanto a esse apoio. Ele será concedido se esse Governo socialista adoptar "uma política que crie condições para uma solução duradoura na perspectiva da legislatura", precisou Jerónimo de Sousa.

 

Questionado sobre se o PCP admite rasgar esse acordo, Jerónimo não disse que sim nem que não. "Fomos para este processo sem reservas mentais, com grande franqueza e seriedade, e com o carácter que nos conhecem, quero dizer que nós tudo faremos para que seja uma solução duradora com a adopção dessa política que naturalmente decorrerá na perspectiva da legislatura", respondeu.

 

"Em quatro anos posso morrer eu, pode morrer muita gente, mas neste momento existem condições para fazer esta afirmação clara", completou, assinalando que ninguém sabe o que vai acontecer nos próximos quatro anos.

Aprovação por unanimidade

 
O Comité Central deste domingo, reunido desde as 11:00 na sede do PCP, "confirmou os termos da 'Posição Conjunta do PS e do PCP sobre a solução política'". Esse documento foi enviado ao PS na passada sexta-feira mas os socialistas ainda não se haviam pronunciado sobre ela. Na entrevista que deu à SIC igualmente na passada sexta-feira, António Costa admitiu que ainda faltava garantir estabilidade para quatro anos. Não disse que o problema estava no entendimento com o PCP, mas ficou subentendido.

Jerónimo de Sousa explicou que o Comité Central aprovou os termos do acordo "unanimemente". Jerónimo de Sousa precisou que, caso o PS aprove os termos da posição conjunta, ela poderá ser formalizada e apresentada "muito em breve".

O secretário-geral dos comunistas garantiu ainda que "nunca houve crispação" nas várias reuniões com o PS e diz que agora cabe ao PS decidir se está de acordo com estas garantias. Os socialistas reúnem a Comissão Política Nacional às 21:30, no Largo do Rato, em Lisboa, precisamente para decidirem se aceitam os termos dos comunistas.


Notícia em actualizada pela última vez às 21:17

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