Notícia
Jerónimo responde a Porfírio: Agenda de esquerda para uma década depende do PS
"Cada vez mais somos confrontados com constrangimentos que podem determinar muito do futuro", sustentou o líder comunista, pedindo "uma clarificação" do PS face a esses "constrangimentos externos".
04 de Fevereiro de 2017 às 17:17
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje, em Viana do Castelo, que a definição, pela esquerda, de uma agenda política para a década depende de "uma clarificação" do PS face aos "constrangimentos externos".
"Sem uma clarificação por parte do PS é um bocado, sem sentido, estar a definir, a essa distância de tempo, uma solução", afirmou o líder comunista durante um almoço convívio na capital do Alto Minho, que reuniu mais de 200 militantes.
Jerónimo de Sousa, que reagia à posição assumida pelo dirigente socialista Porfírio Silva em entrevista ao DN, acrescentou que "a definição dessa agenda faz-se a partir de coisas concretas".
"Nós hoje valorizamos muito os avanços alcançados durante o tempo da nova solução política mas a verdade é que cada vez mais somos confrontados com constrangimentos que podem determinar muito do futuro", sustentou.
Porfírio Silva defendeu que a esquerda tem de "pensar numa agenda para a década", mostrando ao país que é tão capaz como "os outros" de garantir a estabilidade governativa.
Em entrevista ao Diário de Notícias (DN), o membro do Secretariado Nacional do PS e dirigente próximo de António Costa excluiu as eleições autárquicas do âmbito do acordo, para que não prejudique "a eficácia, a solidez e a estabilidade da maioria parlamentar".
"Temos de aumentar a ambição. E isso para mim significa responder a esta pergunta: que legado queremos deixar ao país ao fim de duas legislaturas? Estou a pôr a questão em termos de ambição estratégica", acentuou.
Para Jerónimo de Sousa, a definição dessa agenda depende da capacidade de serem "vencidos os constrangimentos que, quotidianamente, são impostos".
"Estas exigências, esta pressão, esta chantagem da União Europeia (UE). Na semana passada foi o presidente do Eurogrupo a querer dar lições e a impor soluções porque não gostam desta solução política. Obviamente, se não vencermos estes constrangimentos que, quotidianamente, nos são impostos - uma vez é défice, outras vezes é a dívida, outras vezes é o euro, outras vezes são os mecanismos e os tratados da UE - não poderemos determinar o futuro", sublinhou.
O líder comunista disse que "felizmente tem havido uma grande clareza com o PS, uma grande franqueza e honestidade de relacionamento" mas destacou que "a bota não bate com a perdigota".
"Nós precisamos de crescer, de criar mais riqueza, de um desenvolvimento económico soberano, mas depois estes senhores a dizerem-nos que não podemos fazer isso. Isso é um problema que temos que resolver", defendeu.
Questionado sobre o anúncio feito, na sexta-feira, pelo Presidente da República de que a agência de 'rating' Fitch iria manter a notação da República Portuguesa inalterada, Jerónimo de Sousa afirmou que as suas declarações saem reforçadas com esses dados.
"Sem uma clarificação por parte do PS é um bocado, sem sentido, estar a definir, a essa distância de tempo, uma solução", afirmou o líder comunista durante um almoço convívio na capital do Alto Minho, que reuniu mais de 200 militantes.
"Nós hoje valorizamos muito os avanços alcançados durante o tempo da nova solução política mas a verdade é que cada vez mais somos confrontados com constrangimentos que podem determinar muito do futuro", sustentou.
Porfírio Silva defendeu que a esquerda tem de "pensar numa agenda para a década", mostrando ao país que é tão capaz como "os outros" de garantir a estabilidade governativa.
Em entrevista ao Diário de Notícias (DN), o membro do Secretariado Nacional do PS e dirigente próximo de António Costa excluiu as eleições autárquicas do âmbito do acordo, para que não prejudique "a eficácia, a solidez e a estabilidade da maioria parlamentar".
"Temos de aumentar a ambição. E isso para mim significa responder a esta pergunta: que legado queremos deixar ao país ao fim de duas legislaturas? Estou a pôr a questão em termos de ambição estratégica", acentuou.
Para Jerónimo de Sousa, a definição dessa agenda depende da capacidade de serem "vencidos os constrangimentos que, quotidianamente, são impostos".
"Estas exigências, esta pressão, esta chantagem da União Europeia (UE). Na semana passada foi o presidente do Eurogrupo a querer dar lições e a impor soluções porque não gostam desta solução política. Obviamente, se não vencermos estes constrangimentos que, quotidianamente, nos são impostos - uma vez é défice, outras vezes é a dívida, outras vezes é o euro, outras vezes são os mecanismos e os tratados da UE - não poderemos determinar o futuro", sublinhou.
O líder comunista disse que "felizmente tem havido uma grande clareza com o PS, uma grande franqueza e honestidade de relacionamento" mas destacou que "a bota não bate com a perdigota".
"Nós precisamos de crescer, de criar mais riqueza, de um desenvolvimento económico soberano, mas depois estes senhores a dizerem-nos que não podemos fazer isso. Isso é um problema que temos que resolver", defendeu.
Questionado sobre o anúncio feito, na sexta-feira, pelo Presidente da República de que a agência de 'rating' Fitch iria manter a notação da República Portuguesa inalterada, Jerónimo de Sousa afirmou que as suas declarações saem reforçadas com esses dados.