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Incêndios: PS diz que indemnizações não devem ser "arma de arremesso político"

A secretária-geral adjunta do PS disse esta terça-feira que a questão das indemnizações às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande não deve ser uma "arma de arremesso político", para "conquista de votos".

Miguel Baltazar/Negócios
01 de Agosto de 2017 às 22:38
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Em declarações à Lusa, Ana Catarina Mendes frisou que a situação não deve constituir "uma arma de arremesso político", defendendo que o caso tem que ser visto "com objectividade, com critério, com rigor", pois as pessoas que foram afectadas merecem esse respeito.

 

"Continuo a achar que a direita está a politizar demasiado esta situação, não vale tudo na política à conquista de votos", sublinhou, acrescentando que deve ser feito tudo o que estiver ao alcance do Estado português para ajudar estas famílias "a recuperarem os seus bens materiais e as perdas que tiveram em termos familiares".

 

Ana Catarina Mendes falava à Lusa à margem da apresentação dos candidatos do PS à Câmara Municipal de Faro, cuja lista é encabeçada pelo deputado António Eusébio, que já presidiu à autarquia vizinha de São Brás de Alportel durante doze anos.

 

"Estamos em Agosto e costuma ser uma época propícia para alguns disparates, mas o que não pode acontecer em política é utilizar o sofrimento humano como arma política porque isso é desrespeito pelas pessoas", concluiu.

 

O PSD considerou hoje que é o medo que haja algum "salpico político" para o Governo que está a levar o PS a politizar e a retardar o mecanismo extrajudicial de indemnizações às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande.

 

No dia em que o DN noticiou que PSD, CDS-PP e PCP, com o apoio do BE, querem aprovar, no parlamento, esse diploma logo em Setembro, após as férias de verão, o PS criticou a pressa destes partidos, afirmando não ter "objecções de princípio" ao diploma.

 

"Esta recusa do PS, esta cegueira do PS, este medo do PS que haja algum salpico político para o Governo é que está a politizar a questão, sem necessidade nenhuma. O que está em causa são as pessoas, não é o Governo", criticou o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, em declarações à agência Lusa.

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